sexta-feira, dezembro 19, 2014

Falta de água pode levar humanidade ao veganismo.



Em 2014, pesquisadores de todo o mundo se reuniram em Estocolmo, na Suécia, para participar da Semana Mundial da Água. Em meio a discussões sobre o futuro do planeta, chegaram a conclusões alarmantes: até 2050, não haverá água para todos. Com a seca, teremos crises de desnutrição e fome, que podem levar a disputas violentas pelas últimas terras férteis do mundo. Mas nem todas as previsões foram catastróficas. Os cientistas também esboçaram soluções que poderiam prevenir esse cenário e garantir a cada um sua parcela justa de água e comida.


Ingestão de proteína animal precisa diminuir por que?

Os pesquisadores e importantes cientistas que estudam questões relacionadas à água fizeram este alerta sobre a produção mundial de alimentos, afirmando que a população global pode ter de mudar para uma dieta quase completamente vegetariana nos próximos 40 anos, a fim de evitar uma escassez catastrófica.


Os humanos consomem cerca de 20% de suas proteínas de produtos baseados em animais, mas isto poderá ter de cair para 5% para alimentar mais 2 bilhões de pessoas que deverão estar no planeta até 2050, de acordo com uma nova pesquisa.

“Não haverá água o bastante para a agricultura atual para produzir comida a uma população de 9 bilhões em 2050, se seguirmos tendências correntes e mudanças em direção a dietas comuns em nações ocidentais,”Afirma Malik Falkenmark criador do relatório produzido por ele e colegas do Instituto Internacional de Água de Estocolmo.

O alarme sobre a escassez de água e seus efeitos na limitação da produção de alimentos é feito em um momento em que Oxfam e ONU se preparam para uma possível segunda crise global em cinco anos. Os preços de alimentos básicos como milho e trigo subiram quase 50% nos mercados internacionais desde junho, como resultado de secas severas nos EUA e Rússia, e fracas chuvas de monções na Ásia. Mais de 18 milhões de pessoas já enfrentam uma crítica escassez na região do Sahel.


A Oxfam previu que os aumentos de preços terão impacto devastador sobre países em desenvolvimento com forte dependência de importações de alimentos, incluindo partes da América Latina, norte da África e Oriente Médio.

A adoção de uma dieta vegetariana é uma opção de aumentar a quantidade de água disponível para a plantação de mais comida em um mundo de clima cada vez mais errático, dizem os cientistas. Os alimentos ricos em proteína animal consomem de 5 a 10 vezes mais água que uma dieta vegetariana. Um terço da terra agricultável do mundo é usada para colheitas que servem à alimentação de animais. Outras opções para alimentar as pessoas incluem a eliminação do desperdício e um aumento do comércio entre países com excedentes de alimentos e aqueles com deficit.

“Novecentas milhões de pessoas já passam fome e 2 bilhões são subnutridas, apesar de que a produção de alimentos per capita continua a aumentar,” afirmam. “Com 70% de toda a água disponível sendo usada na agricultura, haverá muita pressão sobre terras e água para alimentar mais 2 bilhões.” O relatório está sendo divulgado no começo da conferência mundial sobre a água, em Estocolmo, onde 2.500 políticos, organizações da ONU, ONGs e pesquisadores de 120 países se encontram para discutir problemas relacionados a este recurso.

Soluções para a crise.

Entre as possíveis soluções apresentadas estavam a irrigação mais eficiente, menor desperdício de água e novos sistemas de alerta e legislação mais sustentável. Apesar da viabilidade dessas ideias, elas não seriam suficientes sem uma última medida: a humanidade deveria tomar o caminho do vegetarianismo. Quem come um pedaço de bife no almoço e outro no jantar passaria a ter direito a meio bife por dia.

Quanto à necessidade de medidas rápidas, não restam dúvidas. "O acesso à água já é um problema para um bilhão de pessoas. E com o aquecimento global isso tende a piorar, já que ele vai alterar os padrões de chuva e aumentar os eventos climáticos extremos", diz Jan Lundqvist, cientista do Instituto Internacional da Água de Estocolmo e um dos pesquisadores presentes no encontro. Segundo o pesquisador, a quantidade de água disponível no planeta não deve mudar muito no futuro. No entanto, a população vai crescer e seremos 9 bilhões em 2050 e os países mais pobres tendem a alcançar os padrões de consumo dos mais desenvolvidos. Com as informações The Guardian.

domingo, dezembro 14, 2014

Dica Culinária - Ceia de Natal sem carne



Então é Natal tempo de unir e compartilhar a paz, compaixão e boas energias. Se você optou por um Natal sem carne, sem agonia animal, nós preparamos uma sugestão de pratos para celebrar sua ceia.



ENTRADAS:
Dica Culinária - Homus

Nossa primeira dica é essa pasta de grão de bico muito fácil de preparar e vai bem com pães, torradas e claro o pão sírio.

Bolinhos de batata

INGREDIENTES:

  • 400g de batata 
  • 400g de palmito 
  • 2 Colheres de sopa de azeite 
  • 1 Colher de sobremesa de sal + 1 colher de sobremesa rasa de sal
  • 1 Colher de sobremesa de gel de linhaça 
  • 1 Dente de alho 
  • 1 Molho de cheiro-verde 
  • 2 Colheres de sopa de farinha de mandioca 
  • 2 Colheres de farinha de trigo integral 
PREPARO:
  • Amasse as batatas até formar um purê, em seguida corte os palmitos na vertical e depois corte vários pedaços na horizontal (em média 2cm de diâmetro) para então socá-los. Esprema o palmito até retirar toda a água. Pique o cheiro-verde e o alho, e misture todos os ingredientes.
  • Faça bolinhas do tamanho que desejar e frite-as em óleo numa frigideira. 
PRATO PRINCIPAL
Mjadra (Arroz com Lentilhas à Moda Árabe)


INGREDIENTES
  • 2 xícaras de arroz cozido
  • 2 xícaras de lentilhas cozidas 
  • 2 cebolas grandes cortadas em fatias finas 
  • 3 dentes de alho picados 
  • Sal e pimenta a gosto 
  • Óleo o suficiente para refogar 
PREPARO
  • Comece preparando a lentilha. Lave bem e escorra. Coloque um pouco de óleo em uma panela grande onde irá cozinhar a lentilha. Aqueça um pouco o óleo, acrescente o alho, doure ligeiramente e coloque as duas xícaras de lentilha refogando por alguns minutos. A seguir acrescente água o suficiente para cozinhar a lentilha. Tempere com sal a gosto, tampe a panela e deixe cozinhar em fogo médio. 
  • Em outra panela coloque um pouco de óleo e mais um dente de alho. Doure ligeiramente, acrescente o arroz, tempere com sal, refogue um pouquinho e acrescente água para cozinhar. Tanto o arroz como a lentilha devem ficar "al dente", ou seja, macios porém firmes. Antes de terminar o cozimento dos dois, transfira o arroz para a panela grande onde está a lentilha, misture delicadamente, abaixe o fogo, tampe a panela e prepare as cebolas. 
  • Agora vem o toque especial! As deliciosas cebolas fritas! Em uma frigideira grande coloque bastante óleo, o suficiente para poder fritar as cebolas. Frite-as até ficarem bem douradas, em um tom escuro, mas não deixe queimar. Tempere com sal e leve à panela onde estão o arroz e a lentilha misturados. Reserve um pouco das cebolas fritas para decorar o prato. 
Seitan assado (carne de glúten)
Pode ser preparado em iscas, ao molho madeira e acebolado.


INGREDIENTES:
  • 01 quilo de farinha de trigo 
  • 03 xícaras de água 
PREPARO MOLHO:
  • 04 xícaras de água (água de legumes, de preferência) 
  • 03 colheres de sopa de óleo
  • 02 xícaras de cebola picadinha 
  • 1/2 xícara de tomates picados 
  • 02 dentes de alho amassados 
  • 1/2 xícara de shoyu 
  • Salsa picada 
  • 01 folha de louro. 
PREPARO:
  • O conjunto de proteínas do trigo tem o nome de glúten e pode ser extraído, da farinha de trigo, da seguinte maneira: 
  • Misture 01 quilo de farinha de trigo com 03 xícaras de água, e amasse como se fosse para fazer pão, pelo menos durante 10 minutos, até ficar uma bola firme. Cubra-a com água fria (numa tigela grande) e deixe de molho pelo menos 04 horas, mas seria preferível durante a noite toda. Lave então a massa, para retirar todo amido, amassando-a com as mãos, dentro da água e mudando de água continuamente até que esta saia quase limpa, e a massa fique bege, sem pontos brancos. 
  • Conserve a massa sempre unida para não esfarelar. 
  • Ponha então a massa em uma tábua a fim de escorrer toda água, e dê a forma de um rolo, e corte na forma que quiser usar. Cozinhe então durante 01 hora em panela comum, ou 20 minutos em panela de pressão. 
PREPARO MOLHO:
  • Refogue a cebola e o alho no óleo. Acrescente os tomates, a folha de louro e a salsa. Misture os demais ingredientes e cozinhe neles as fatias de glúten. Depois de cozidas, conserve as fatias nesse molho até usá-las. 
  • Há outra maneira de cozinhar as fatias de glúten para que recebam um bom tempero: em vez de cozinhá-las num molho de tomate, ponha-as no feijão já cozido e temperado, e com bastante caldo, e cozinhe na panela de pressão 15 a 20 minutos. Terão um sabor diferente. O feijão pode ser usado para comer como sempre. As fatias de glúten, depois de cozidas, podem ser usadas de muitas maneiras: bifes à milanesa, em guisados; ou moídas em assados, bolinhos, recheios, molhos, etc. 
  • E se você tem uma receita predileta, que sempre é a atração do seu Natal, manda pra gente! Essas são as nossas dicas.

quinta-feira, dezembro 11, 2014

Dica Culinária - Pastel integral Assado.


INGREDIENTES MASSA:

  • 2 xícaras de farinha de trigo integral
  • 1 colher de chá de fermento em pó (químico)
  • 1 colher de sobremesa de sal
  • 3 colheres de sopa azeite
  • 1/2 vidro de leite de coco
  • 1/4 xícara de água
PREPARO
  • Fazer uma farofa com a farinha de trigo, o óleo, o sal e o fermento.
  • Acrescentar aos poucos o leite de coco diluído na água, até a massa ficar homogênea.
  • Amassar com as mãos em uma mesa enfarinhada.
  • Abrir com o rolo de macarrão e cortar com a boca de um copo.
  • Rechear e fechar com o auxílio de um garfo.
  • Colocar os pastéis em uma forma untada e assar em forno médio até ficarem dourados.

SUGESTÃO DE RECHEIO:

  • 1 berinjela média
  • 1 colher de sopa de sal
  • 1/2 cebola picadinha
  • 2 dentes de alho picados
  • 1/2 Tomate seco
  • Cheiro-verde picado
  • Gergelim para polvilhar (opcional)
  • Azeite o quanto baste
PREPARO
  • Pique a berinjela em cubinhos pequenos, com casca e tudo. Coloque de molho em água com a colher de sal, por 30 minutos.
  • Passado esse tempo, escorra a água da berinjela e esprema-a bem e reserve.
  • Numa panela, aqueça um fio de azeite e refogue a cebola picadinha. Acrescente o alho picado e a berinjela e mexa, até que tudo fique bem misturado. Adicione os tomates secos, abafe a panela com uma tampa, deixe em fogo baixo.
  • Espere secar muito bem e misture o cheiro-verde picado.
  • Desligue e deixe esfriar. Quando o recheio estiver frio, monte os pasteis colocando um pouco de recheio no centro, pincele a borda com água para lacrar bem, frise com um garfo e acomode-os numa assadeira untada.
  • Pincele os pasteis com água e polvilhe com o gergelim. Asse em forno médio, até dourar.

terça-feira, dezembro 09, 2014

Como vivem os frangos que comemos


Ao comprar um frango da marca Perdue no mercado, poderíamos imaginar que o animal teve uma confortável existência de ave de classe média. “Fazer a coisa certa significa tratar as galinhas com consideração”, diz Jim Perdue, diretor da empresa, num vídeo promocional. Os rótulos da empresa trazem um selo de aprovação do Departamento da Agricultura garantindo que a ave foi “criada fora de gaiolas” e, às vezes, “criadas livres de maus tratos”, embora a Perdue diga que este último será gradualmente aposentado. Veja propaganda da Perdue no vídeo abaixo. (Áudio em Inglês)

Os consumidores aprovam. Embora infelizmente ainda somos formados por maioria de carnívoros que ironicamente ainda assim desejam um tratamento decente para os animais, e uma pesquisa revelou que 85% dos consumidores prefeririam comprar frangos que viessem com selos como o de “criadas livres de maus tratos” visto nos rótulos da Perdue.

Entra em cena Craig Watts, 48 anos, granjeiro da Carolina do Norte que cria 720 mil frangos por ano para a marca Perdue. Ele assistiu ao vídeo publicitário da companhia e teve uma crise de consciência. “Meu queixo caiu”, disse ele. “A verdade não poderia ser mais diferente.” Então, Watts abriu suas quatro granjas para mostrar como é a vida dos frangos da Perdue. E a visão é perturbadora.

Watts convidou um grupo de defesa dos direitos dos animais, Compassion in World Farming, para documentar durante meses as condições do local. A organização acaba de lançar o vídeo resultante em sua página da internet. O mais chocante é que o ventre de quase todos os frangos perdeu as penas, parecendo uma enorme ferida. A barriga da imensa maioria das galinhas é uma contínua necrose escura. Como menino do interior que criava pequenos bandos de galinhas e gansos, nunca vi nada parecido. Um motivo parece ser a técnica moderna de reprodução: as galinhas são agora criadas para terem peitos imensos, e isso faz com que muitas vezes seus corpos sejam pesados demais para as pernas. A revista científica Poultry Science calculou que, se os humanos crescessem a um ritmo semelhante ao dos frangos humanos, uma pessoa pesaria 330kg quando chegasse a oito semanas de idade.

Esses frangos não correm por aí nem ciscam como pássaros normais. Eles cambaleiam alguns passos, muitas vezes sobre pernas deformadas, e então desabam no seu excremento e o de dezenas de outros milhares de pássaros anteriores. O chão é encharcado com amônia, que parece atacar as penas e a pele.

A reportagem do jornal The New York Times entrou em contato com a Perdue para saber o que a empresa tinha a dizer. Jim Perdue não quis fazer nenhum comentário, mas uma porta-voz da empresa, Julie DeYoung, concordou que o ventre dos animais não deveria estar praticamente em carne viva. Ela deu a entender que o granjeiro talvez estivesse cuidando mal da propriedade.
Essa alegação não foi engolida por Watts, cuja família é dona da granja desde o século 18; ele diz que cria frangos para a Perdue desde 1992, seguindo meticulosamente as especificações da empresa. Para Watts, a Perdue percebeu que os consumidores estavam preocupados com o bem estar dos animais e a segurança alimentar, e decidiu manipular o público.

O selo que atesta que os frangos foram criados “fora de gaiolas” é enganosa, porque as aves criadas para o abate não ficam em gaiolas. O problema das gaiolas afeta as galinhas criadas para botarem ovos, e não as aves que comemos. Assim, dizer que as galinhas são “criadas fora de gaiolas” só faz sentido para as aves que botam ovos, e não para os frangos de abate. Além disso, os frangos da Perdue ficam tão amontoados na granja que é como se ficassem em gaiolas. Cada ave na granja Watts tem para si apenas 0,05m2.  Por que o governo americano está aprovando esses métodos como “livres de maus tratos”, enganando assim o consumidor?

“O departamento de Agricultura dos EUA é cúmplice da Perdue num empreendimento enganoso contra o consumidor”, diz Leah Garces, diretora da Compassion in Food Farming nos EUA, que descreve o caso como fraude de marketing. Talvez a Perdue tenha optado por rever algumas dessas afirmações. A empresa fez um acordo com a Humane Society of the US ao concordar em remover o selo de “criado livre de maus tratos” de alguns dos rótulos, embora negue qualquer tipo de má conduta. Tudo isso deixa milhões de americanos – eu entre eles – sem saída. Comemos carne, mas queremos minimizar a crueldade contra o animais. Trata-se de um rumo incerto, inconsistente e talvez até hipócrita, e já seria difícil o bastante sem empresas gigantescas do setor dos alimentos tentando nos manipular – em conluio com nosso próprio governo.
Leah sugere que tais consumidores procurem etiquetas com os dizeres “certificado de bons tratos”, “parceria global pelos animais” ou “aprovado pelo bem estar animal”. Mas essas são mais caras e difíceis de encontrar.

Os métodos de criação de frangos da Perdue são típicos da agricultura industrial. Assim, chegamos ao grande dilema: a grande indústria da agricultura obteve sucesso impressionante na produção de alimento barato – o preço do frango teve queda de 75% em termos reais desde 1930. Mas há imensos custos externos, como a resistência aos antibióticos e a poluição da água, bem como uma crueldade rotineira que só toleramos porque é cometida longe dos nossos olhos. Basta torturar uma única galinha e podemos ser presos. Mas, se abusarmos de centenas de milhares de galinhas durante toda a sua vida, isso não passa de agrobusiness. Não sei onde estabelecer o limite. Mas, quando as galinhas têm imensas feridas abertas na barriga, eu me pergunto se a criação de animais não se converteu em abuso contra os animais.


Com as informações:  The New York Times.

segunda-feira, dezembro 08, 2014

Brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxico por ano.


Post atualizado 03 Abril de 2015


O Brasil é campeão mundial no uso de agrotóxicos e por isso um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos. Cabendo a cada brasileiro o consumo médio de 5,2 litros de veneno por ano. O dado foi divulgado por ambientalistas no dia 3 de Dezembro de 2014, quando é celebrado o Dia Internacional da Luta contra os Agrotóxicos. A data lembra a tragédia ocorrida há 30 anos, na cidade de Bhopal, na Índia, quando uma fábrica da Union Carbide, atual Dow Chemical, explodiu, liberando toneladas de agrotóxico no ar, matando nas primeiras horas duas mil pessoas e vitimando de forma fatal outras milhares nos dias seguintes.

Foi no pós-2a Guerra que o uso de agrotóxicos passou a ser disseminado, com o crescimento exponencial da agricultura industrial. A chamada Revolução Verde levou uma série de inovações ao campo para aumentar a produção agrícola. Entre elas, a substituição da mão-de-obra humana pela mecanizada, o advento de sementes geneticamente modificadas e o uso de adubos químicos e venenos para pragas. O objetivo declarado até poderia ser nobre: combater a fome. Porém, cinquenta anos depois, além dos impactos sociais causados pelo êxodo rural, as consequências para o meio ambiente e para a saúde das pessoas evidenciam que esse modo de produzir pautado apenas na quantidade e não na qualidade está ultrapassado.

No ano passado, a Embrapa deixou disponível na internet um estudo realizado por seus pesquisadores entre os anos de 1992 e 2011. O objetivo do levantamento era traçar um panorama sobre a contaminação ambiental causada pelos agrotóxicos no Brasil. E o cenário é assustador: em todas as regiões do país são encontradas amostras de resíduos tóxicos em concentrações acima do recomendável, seja nas plantações, no solo, nas águas ou nos peixes. Isso porque não foram avaliados os impactos sobre a carne, ovos e leite, que indiretamente também trazem agrotóxicos para a mesa. Um herbicida  bastante aplicado para limpar terrenos antes do cultivo é o 2,4-D. Trata-se de um dos componentes do agente laranja, utilizado pelos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. O herbicida é proibido em países como a Suécia, a Noruega, a Dinamarca, em vários estados do Canadá e os Estados Unidos vêm discutindo o seu banimento também. Aqui é liberado. E ele é apenas um.


Em nosso país temos mais de 400 tipos de agrotóxicos registrados. Entre eles, pelo menos 14 venenos proibidos no resto do mundo acabam sendo desovados por aqui e têm permissão para o comércio. Na União Europeia e Estados Unidos, são considerados lixos tóxicos. No Brasil manuseamos, respiramos, bebemos e comemos. Alguns a gente até proíbe, mas a venda e o uso ilegal correm soltos pelo campo frente a uma fiscalização falha. E, das substâncias permitidas, em inúmeros casos são aplicadas quantidades acima dos limites aceitáveis. Até porque há um mito entre produtores rurais de que, quanto maiores as doses, mais tempo a lavoura fica livre de pragas. Mas parece que esse controle se tornou ele próprio a maior praga. Porque os impactos na saúde pública são evidentes.


A cada 90 minutos, um brasileiro é envenenado em decorrência do uso de agrotóxicos no país. E isso são apenas os casos notificados ao sistema de saúde. É uma epidemia de intoxicações agudas, com direito a dores de cabeça, vômitos, infecção urinária, alergias. O uso de agrotóxicos é uma prática tão deliberada, inconsequente e sem controle que chegamos ao absurdo de episódios como esse, onde um avião simplesmente despejou sua carga do inseticida engeo pleno em cima de uma escola, hospitalizando funcionários e dezenas de crianças. Aliás, a prática da pulverização aérea foi proibida pela União Europeia lá em 2009, dada sua baixa eficiência e riscos ambientais. Por aqui, apesar da pressão dos movimentos sociais, a discussão sobre proibição da pulverização aérea está nesse nível aqui.


Ainda sobre os impactos que o uso massivo de agrotóxicos têm sobre a saúde, eles vão além do mal estar. Especialistas apontam uma relação direta entre o acúmulo de agrotóxicos no organismo e o desenvolvimento de câncer de mama, fígado e testículos. Uma contradição quando se pensa que o consumo de frutas e legumes é exatamente uma das atividades saudáveis recomendadas para ajudar a prevenir o surgimento de tumores malignos. Há pouco tempo, uma pesquisa realizada no município de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, mostrou que havia resíduos de agrotóxicos no leite materno de todas as mulheres examinadas. Todas, 100%. A mesma cidade é apontada como ícone do desenvolvimento trazido pelo agronegócio.

A alternativa está bem ao nosso alcance: optar pelo consumo de alimentos provenientes da agricultura orgânica. Além de serem isentos de adubos químicos e venenos para pragas, eles também não contêm remédios veterinários, hormônios e organismos geneticamente modificados. Quando se trata de alimentos orgânicos processados, nada de corantes, aromatizantes e conservantes sintéticos. É um modo de produzir que respeita os ciclos da natureza e estabelece formatos de trabalho colaborativos, valorizando a qualidade de vida de quem produz, de quem vende e de todos que consumimos.

Agrotóxicos não são uma necessidade inevitável. É possível levar comida para cada mesa brasileira sem agredir o meio ambiente e nem causar danos à saúde dos trabalhadores rurais e de nós mesmos. Ar puro, águas limpas, terras férteis e alimentos de qualidade. A gente tem direito a tudo isso. O cultivo de orgânicos dentro de cooperativas familiares poderia suprir a todos com alimentos de qualidade a preços justos. Basta organizar a produção e o escoamento de forma mais descentralizada.


“Nós, aqui no Brasil, estamos desde 2008 na liderança como os maiores consumidores de agrotóxicos no mundo. Isso por conta do modelo adotado pelo país, do agronegócio. O Brasil se coloca no cenário mundial como exportador de matérias primas básicas, sem nenhum valor agregado, como é o caso da soja, do milho e da cana. São produtos que ocupam a maior parte da área agricultável brasileira, à medida em que a superfície para alimentos básicos vem diminuindo”, destacou o ativista.


Segundo ele, o país é campeão no uso de agrotóxicos, com consumo per capita de 5,2 litros por habitante ao ano. “Mas isso não é dividido de forma igual. Se pegarmos municípios do Mato Grosso, por exemplo, como Lucas do Rio Verde, lá se consome 120 litros de agrotóxicos por habitante”, alertou Tygel. Os ambientalistas querem o fim da pulverização aérea, o fim da comercialização de princípios ativos proibidos em outros países e o fim da isenção fiscal para os agrotóxicos.


“Uma das nossas bandeiras é o fim da pulverização aérea, pois uma pequena parte do agrotóxico cai na planta, e a grande parte cai no solo, na água e nas comunidades que moram no entorno. Temos populações indígenas pulverizadas por agrotóxicos, que desenvolveram uma série de doenças, desde coceiras e tonteiras até câncer e depressão, levando ao suicídio e à má formação fetal”, enfatizou Tygel.


Além disso, ressaltou que o meio ambiente é fortemente impactado, com extinção em massa de diversas espécies de insetos, como abelhas, repercutindo na baixa polinização das plantas e na produção de mel. Também as águas são contaminadas com moléculas absorvidas pelos animais e pelo ser humano, levando a uma série de doenças, que muitas vezes são passadas das mães para os filhos.

Mais informações sobre o tema acesse:
Embrapa
hypeness
Uol Saúde

Anvisa
Contra os Agrotoxicos

quarta-feira, dezembro 03, 2014

Como manter uma horta em casa



Já pensou em ter uma horta de temperos em casa? Agora você vai saber como fazer e cuidar da sua horta caseira. Com nossas dicas não vão faltar sabor, perfume e saúde na sua mesa! Troque o supermercado, conservantes e agrotóxicos por sua horta particular. A praticidade de ter uma hortinha em casa com os seus temperos prediletos e orgânicos é inigualável. Então veja os cuidados para fazer uma horta de tempero sem casa e ter tudo sempre fresquinho à mão.

  • Escolha um local para fazer a sua horta ou colocar os vasos com as plantas com ótima ventilação e que bata sol.
  • Prepare o terreno. No caso de vasos ou jardineiras, coloque pedrinhas, pedacinhos de madeira ou qualquer coisa que dê vazão à água e segure a terra na hora de regar. Após acomodar a terra, faça um buraquinho no meio para colocar algumas sementinhas ou a mudinha. Lembre-se de deixar aproximadamente 20 centímetros entre cada plantinha.
  • Cubra as sementes ou a raiz com mais terra ou, se possível, esterco, borra de café para nutrir o solo. Outra dica: coloque um pouco de folha seca ou palha sobre a terra para proteger a sua planta do sol e da chuva.
  • Antes de regar, verifique se a terra está úmida. Se estiver, não coloque mais, porque muita água pode dar fungos. Regue regularmente em horários sem sol para que a planta possa absorver mais.
  • Retire as folhas amareladas com sinais de doenças ou fungos para que não se alastrem.
  • Nunca use qualquer tipo de química em suas plantinhas.
  • Temperos para a sua horta orgânica
Sugestão de temperos e suas propriedades:
  • Alecrim: delicado e muito perfumado. É usado em legumes, omeletes, molhos. Gosta de bastante sol. É um ótimo digestivo, antioxidante e diurético.
  • Cebolinha: Ao comprar a cebolinha na feira, é só cortar as folhas e plantar o toquinho com as raízes. Ela gosta de solo nutrido. É digestiva e antioxidante.
  • Coentro: É cultivada a partir de sementes e gosta bastante de sol. É antioxidante, antibacteriana e anti-inflamatória e uma coisa superimportante para quem sofre com falta de apetite: o coentro é um estimulante do apetite, quem sofre de enjoos pode apostar neste condimento.
  • Hortelã: Gosta de sol, mas é um pouco mais delicada, então não tem problema se tiver um leve sombreado. É digestiva, anestésica, expectorante e antisséptica.
  • Manjericão: Precisa de bastante sol e, às vezes, cresce muito; então é preciso usá-la, doá-la ou podá-la. O segredo é deixar as flores, caso queira que pare de crescer, ou tirá-las, se quiser que cresça mais rápido. Este tempero é digestivo, antisséptico, anti-inflamatório, diurético e antioxidante.
  • Orégano: Prefere ambientes ensolarados e tem um sabor muito mais aguçado quando consumida fresca. É digestivo, antioxidante, antibacteriana e antibiótica.
  • Salsa: conhecida e usada em muitas receitas. Fácil de cultivar. Favorece o equilíbrio hormonal.

segunda-feira, dezembro 01, 2014

Dica Culinária - Almondegas de proteína de soja

Uma dieta baseada em vegetais além de favorecer a prevenção de diversas doenças, é mais sustentável impactando menos no meio ambiente. Então, que tal começar hoje a descobrir novos sabores.

IGREDIENTES
  • 2  xícaras de proteína de soja
  • Quanto baste de cheiro-verde e manjericão picados
  • 2 colheres (sopa) de farinha de trigo de preferencia farinha integral
  • 1 Cebola média picada
  • Óleo de soja
  • Sal a gosto
Molho de tomate:

Dica Culinária - Molho de tomate D'Itália (Caseiro)

MODO DE PREPARO


Em um recipiente misture os ingredientes da massa, molde os bolinhos e frite em óleo quente. Após a fritura, coloque-os sobre folha de papel absorvente. Reserve.
Aqueça o Molho de tomate, acrescente as almondegas. Servir com:
  • Arroz, fritas e salada. 
  • Puré.
  • Apenas com legumes refogados
  • Ou somente com salada. 


Publicações que podem te interessar:

Dica Culinária - Homus

Mulher de 72 anos adepta de dieta vegana aparenta ser bem mais jovem.

Desvendando a acupuntura.



A técnica oriental vem ganhando cada vez mais adeptos e aliviando muitas dores. Desvende as dúvidas mais comuns sobre o método. Lembre-se sempre de que a prevenção é o melhor remédio. No entanto, como só procuramos o auxílio em face à dor insuportável ou a sintomas evidentes de que algo está errado, muitas vezes o processo já está avançado e o tratamento é prolongado. A acupuntura, como qualquer outra modalidade de tratamento, quando aplicada logo nos primeiros sinais de alteração na saúde, apresenta uma resposta é rápida e eficiente. Listamos 18 dúvidas mais frequentes sobre acupuntura.

1- O que é acupuntura?

É um antigo método terapêutico chinês que se baseia na estimulação de determinados pontos do corpo com agulhas, a fim de restaurar e manter a saúde.


2- Para que serve?
Visa restabelecer a circulação da energia (Chi) nos canais de energia e dos órgãos e das vísceras e, com isso, levar o corpo a uma harmonia de energia e de matéria.


3- Quando procurar um acupunturista?
Sempre, não somente para tratamento de doença, mas como de uma maneira preventiva. Pois é o recurso terapêutico mais conhecido da medicina tradicional chinesa no Ocidente, promovendo o equilíbrio, a harmonização, o fortalecimento dos órgãos e do corpo.

4- É permitido misturar outros tratamentos com a acupuntura?
Sim. A acupuntura, dentro da Medicina Tradicional Chinesa, vê o ser humano de uma maneira global. O universo e o ser humano estão submetidos às mesmas influências, sendo partes integrantes do universo com um todo. Nessa visão global de integração Natureza – ser Humano, todas as ciências são coerentes e concordantes entre si, todos os ramos do conhecimento humano partem ou confluem para o saber básico estruturando sobre os princípios da Filosofia Chinesa.

5- Existem efeitos colaterais da acupuntura?
Os pacientes sentem-se mais tranquilos com agradável sensação de bem estar e leveza no corpo após uma sessão de acupuntura. Durante a aplicação das agulhas, podem ocorrer em pacientes ansiosos, medrosos ou cansados reações do tipo lipotimia, tontura, náuseas, obscurecimento da visão, suor frio, mãos e pés frios e até desmaios. Nessa eventualidade, deve-se parar de manipular as agulhas ou retirá-las. Após a sessão, pode haver os seguintes sintomas: dor no local da inserção, dor na mobilização muscular, mas que melhoram rapidamente.

6- Qual a freqüência do tratamento?
Geralmente uma vez por semana. Depende, sobretudo, da patologia a ser tratada. Algumas patologias podem ter a necessidade diária, como exemplo temos o Acidente Vascular Cerebral (AVC) em fase aguda.


7- Como a acupuntura age? É somente um analgésico?
Ela age a nível energético, humoral e neural. Em nível Energético, sobre os ZANG FU (órgãos) e CANAIS DE ENERGIA. Em nível Humoral, com a produção de substâncias, geralmente neuro-hormônios, neuro-transmissores e hormônios, que são secretados no sangue, por ação da acupuntura. Em nível Neural os estímulos que as agulhas desencadeiam nos diferentes receptores nervosos podem explicar os múltiplos efeitos observados, pois o sistema nervoso é específico em relação a via de condução dos estímulos e, conseqüentemente, as respostas também são específicas. Não é somente um analgésico. Tem efeito anti-inflamatório, harmonizador dos órgãos e vísceras, para buscar o equilíbrio. Ativa a circulação de sangue nos membros inferiores e superiores.

8- Quais as possibilidades de curar e em que casos?
Por exemplo: uma pessoa com bronquite poderá ficar anos sem ter crise, fazendo sessões semanais. Porém, não podemos dizer que ela está curada e, sim, equilibrada, com seus pulmões tonificados.

9- Qual a preparação necessária antes e quais os cuidados após uma sessão?

Não fazer acupuntura:
  • Imediatamente após o ato sexual;
  • Estando o paciente alcoolizado;
  • Após as refeições;
  • Paciente está emocionado (ansioso, nervoso, irritado, etc.);
  • Paciente está cansado;
  • Clima está turbulento (tempestade, trovões, relâmpago);
  • Paciente está com sede ou em jejum;
  • Após susto ou medo, deve-se esperar que o paciente se acalme;
  • Após viagem ou caminhadas; o paciente deve repousar até normalizar a pulsação.
10- O que não se deve fazer imediatamente após a acupuntura:
  • Ter relações sexuais;
  • Molhar os pontos estimualdos;
  • Tomar bebidas alcoólicas;
  • Irritar-se;
  • Fazer trabalhos pesados;
  • Comer excessivamente;
  • Permanecer faminto ou com sede.
11- Na gravidez:
  • Não podem ser estimulados os pontos IG-4 (Hegu), BP-6 (Sanyinhiao), F-3 (Taichong), B-60 (Kunlun), B-67 (Zhiyin);
  • No primeiro trimestre de gravidez, não podem ser estimulados os pontos de acupuntura situados na parte inferior do abdome;
  • Com mais de três meses de gravidez, não podem ser estimulados os pontos de acupuntura situados no abdome e cintura;
  • No primeiro e no último mês de gravidez, deve-se evitar a acupuntura.
12- Em crianças:
  • Não reter as agulhas: fazer a inserção, estimular as agulhas e retirá-las;
  • Não inserir agulhas na cabeça enquanto as fontanelas estiverem abertas.
13- Dor
Deve-se suportar a dor em benefício da cura? Dor cura a dor? – NÃO. É importante saber, que como os pontos de Acupuntura são locais de concentração de terminações nervosas, a região dos pontos tende a ser mais sensível, principalmente se o ponto encontra-se em desequilíbrio devido a uma doença. As agulhas são finíssimas e projetadas para abrir espaço na camada superficial da pele sem perfurá-la como acontece com a agulha de uma injeção, por exemplo (nas injeções o calibre da agulha é muito maior, a técnica de aplicação é diferente e além da perfuração há injeção de líquido contendo a medicação, fatores que não ocorrem na Acupuntura). O procedimento não deve causar dor nem incomodo. Obviamente sente-se a leve picada do contato inicial da agulha com a pele mas é uma sensação muito leve e rápida. Após a colocação da agulha o acupunturista manipula a mesma até que esta atinja o ponto de Te Qi, ficando estabilizada no ponto energético. Essa manipulação também não deve doer. Se durante a sessão você sentir dor ou incomodo muito grande, avise o terapeuta para que a agulha seja imediatamente retirada e reposicionada ou simplesmente o ponto não será trabalhado nessa sessão.



14- Sangramento
Na retirada da agulha pode haver sangramento. Mas fuja do local se a pessoa que estiver aplicando disser “esse ponto sangra mesmo, é normal”. Não existe um ponto que sangra mais que o outro, ou que sangre sempre. O sangramento pode aparecer em qualquer ponto e é determinado pela condição física ou energética do órgão interno correspondente. Em condições de energia estagnada no local, na retirada da agulha pode sair UMA GOTA de sangue, só isso. Em hipótese alguma o sangue deve ficar escorrendo. Normalmente passa-se o algodão limpo e seco e não sai mais sangue nenhum. O sangramento é uma resposta do corpo ao tratamento, é uma válvula de escape para energias estagnadas ou toxinas existentes no órgão, sendo uma ocorrência positiva, mas nem por isso desejável. Um ponto que sangra requer uma maior atenção por parte do acupunturista no sentido de ampliar sua abordagem a fim de promover o equilíbrio da região afetada.

15- Hematomas
Uma sessão normal de acupuntura não deixa hematomas. No entanto, algumas vezes, a despeito do cuidado do acupunturista ao colocar e manipular as agulhas, aparecem hematomas indolores no local do ponto algumas horas depois ou no dia seguinte,os quais são normalmente são absorvidos sem efeitos secundários.

16- Sensação de choque
Após a inserção da agulha poderá ocorrer sensação discreta de peso local, choque elétrico, formigamento ou irradiação que são momentâneas, pouco freqüentes e consideradas normais, pois representam a ativação das terminações nervosas. Essa sensação geralmente é intermitente e indica o restabelecimento do fluxo de energia do meridiano. O ponto está como que respondendo ao estímulo provocado pela agulha. Essa resposta também pode manifestar-se na forma de uma leve vermelhidão ao redor do ponto de inserção da agulha.


Antes e depois do tratamento.
17- Deixar as agulhas no corpo
As únicas agulhas que ficam no corpo do paciente são as utilizadas em auriculopuntura, as chamadas agulhas semipermanentes que são fixadas e protegidas por um esparadrapo ou fita microporosa; em acupuntura sistêmica NUNCA deve ocorrer de as agulhas permanecerem no corpo. As agulhas tem uma ordem para ser colocadas e retiradas. Normalmente um blister lacrado vem com 10 agulhas esterilizadas que devem ser aplicadas nos pontos necessários. Um profissional bem treinado sabe que sempre deve contar as agulhas retiradas e proceder com o máximo de atenção e concentração para não expor o paciente a riscos desnecessários. Outro ponto que se deve observar é que, sendo a embalagem estéril, uma vez aberta, caso sejam utilizadas apenas algumas agulhas, todas devem ser descartadas ao final da sessão, pois depois de aberto o pacote as agulhas ficam expostas à ação do meio.

18- Contra-indicações das agulhas
Alguns pontos específicos devem ser evitados em gestantes. Pessoas com distúrbios da coagulação ou com imunidade deficiente requerem cuidados especiais: reforçam-se os cuidados com assepsia e evitam-se manipulações vigorosas e desnecessárias da agulha. Não é aconselhável a aplicação de agulhas em: dependentes de drogas, soro-positivos, idosos a partir dos 70 anos (devido à escassez de chi), locais de dor aguda, crianças muito pequenas (abaixo dos sete anos). Para esses pacientes, existem alternativas não invasivas com excelentes resultados.



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Fontes: Saúde Abril: Acupuntura funciona mesmo, Mais equilíbrio.