sábado, março 28, 2015

Tóquio tem hortas urbanas nas estações de metro.


A falta de espaço é um problema e tanto no Japão. EmTóquio, além de estacionamentos que enterram bicicletas, os moradores têm acesso a outra iniciativa para driblar a falta de espaço:hortas urbanas construídas no topo das estações de metrô.

Batizado de Soradofarm, o projeto é coodernado pela companhia local de metrô, a East Japan Railway Company, e tem como objetivo oferecer aos japoneses que querem cultivar uma horta, mas não tem espaço em casa, a oportunidade de plantar alimentos no topo das estações.


A iniciativa começou em 2010 e fez sucesso entre a população: atualmente, cinco estações de metrô já contam com hortas urbanas e outras oito estão em fase de construção.

Para ter um pedacinho de terra para chamar de seu, no entanto, é preciso pagar. Os ‘agricultores urbanos’ desembolsam 100.440 ienes (cerca de R$ 2.500) por ano para cultivar legumes, frutas e verduras no topo dos metrôs.

Todas as ferramentas necessárias para o cuidado com a terra são oferecidas pelas estações. Os inquilinos também não precisam ser grandes conhecedores de jardinagem ou agricultura, uma vez que os espaços contam com a presença de especialistas. Veja, abaixo, mais fotos da iniciativa.

Tóquio desenvolve incrível estacionamento subterraneo de bikes

A falta de espaço é um problema cada vez maior nas grandes cidades e os japoneses sabem muito bem disso. Por lá, muita gente já aderiu às bikes para evitar os longos congestionamentos na hora de se locomover, mas encontrar um lugar para estacionar a magrela também não é nada fácil.

Em Tóquio, pelo menos, não era. Apresentamos a você a Eco Cycle, uma máquina desenvolvida pela empresa de construção GIKEN que pôs fim ao drama dos moradores da capital japonesa na hora de estacionar a bicicleta. É que a engenhoca, literalmente, enterra as magrelas no subsolo.




Cada unidade da Eco Cycle é capaz de armazenar cerca de 200 bikes. O ciclista coloca sua magrela na cabine, aciona a máquina e, em segundos, ela some de vista. Depois, para recuperá-la, basta inserir seu cartão de identificação na engenhoca e, em exatos 13 segundos, ela trás sua bicicleta, novamente, à superfície.

A mensalidade do estacionamento custa 2.600 ienes – pouco mais de R$ 60 – e estudantes possuem desconto de 50%. A máquina anda fazendo sucesso entre os japoneses: mais de 40 unidades já foram instaladas e a GIKEN planeja multiplicá-las ainda mais.

Trata-se de uma alternativa rápida para estacionar a magrela, que de quebra ainda a deixa protegida de ladrões e intempéries. Você curtiria um estacionamento de bikes como esse por aqui?

Assista, abaixo, ao vídeo de divulgação da Eco Cycle, em inglês.




Ciclovia Solar caminho do futuro.


A Holanda apresenta inovação tecnológica: ciclovia construída com painéis de concreto com células fotovoltaicas cobertas com vidro temperado. Ao receberam a incidência da luz solar, os painéis iniciam a geração de energia que é direcionada aos mais variados usos no entorno.



A ciclovia, chamada de SolaRoad, foi citada como a primeira ciclovia solar do mundo. O caminho do futuro e o caminho para o futuro”: É assim que é apresentada a ciclovia solar inaugurada na cidade de Krommenie, a noroeste de Amsterdã - a primeira ciclovia solar do mundo. Mas há outras iniciativas anteriores, dentro da mesma ideia, com materiais diferenciados. A Starpath, em Cambridge, foi implantada em meio ao parque Christ’s Pieces, feita com uma pintura que armazena os raios ultravioletas durante o dia para emiti-los à noite. O efeito é feérico, semelhante aos vagalumes das matas brasileiras.



Outra versão é a SolarRoadways,também na Inglaterra, proposta pensada para cidades que sofrem com as nevascas. Neste caso a ciclovia transforma a energia solar em calor para derreter a neve e liberar o caminho. Um dos integrantes do consórcio SolaRoad, Dr. H. Sten, disse à BBC que, eventualmente, as estradas solares poderiam ser utilizadas para recarregar os veículos elétricos que as utilizam. O futuro está só começando.

Há esperanças de energia renovável para este nosso mundo de combustível caro, tarifas abusivas e guerras por petróleo.

Fonte: BBC News

segunda-feira, março 23, 2015

Vídeo da Nasa mostra como a poeira do Saara atravessa o oceano e fertiliza a Amazônia

Pela primeira vez, um satélite da NASA quantificou em três dimensões quanta poeira faz a viagem transatlântica do deserto do Saara para a floresta amazônica. Entre esta poeira está o fósforo, um nutriente essencial que age como um fertilizante, que a Amazônia depende, para prosperar.

As novas estimativas de transporte de poeira foram obtidos a partir de dados coletados pelo 
satélite Cloud-Aerosol Lidar da NASA e Infrared Pathfinder satélite de observação, ou CALIPSO, via satélitea partir de 2007, embora de 2013.

Uma média de 27,7 milhões de toneladas de poeira por ano - o suficiente para encher 104.980 caminhões semi - caem pela a superfície da Bacia Amazônica. A porção de fósforo é estimada em 22 mil toneladas por ano, é quase o mesmo montante que esse perdeu da chuva e inundações. A descoberta é parte de um esforço de pesquisa maior para compreender o papel de poeira e aerossóis no meio ambiente e no clima local e global.

Para mais informações visite: NASA

O Vale do Silício tomou gosto por comida Vegana

 
Hambúrgueres vegetarianos que soltam um caldinho vermelho. Nuggets sem carne com a mesma textura carnuda e fibrosa do frango. Uma maionese sem ovos que é cremosa e uniforme. E uma bebida vegana que contém todos os ingredientes necessários a uma alimentação saudável, possibilitando que a pessoa nunca mais tenha de ingerir alimentos tradicionais. Com fome ainda?

Esses são os quitutes oferecidos por uma nova safra de apostas do Vale do Silício, startups que querem mudar os hábitos alimentares das pessoas. A ideia de produzir esse tipo de alimento vem atraindo empreendedores e investidores de capital de risco, que enxergam na indústria de alimentos tradicional um setor ineficiente, desumano e caduco. As empresas têm abordagens diversas, mas compartilham a ambição de criar alimentos à base de vegetais que, segundo elas, serão mais saudáveis, mais baratos e tão saborosos quanto uma comida que leve carne, ovos, leite ou outros produtos de origem animal - e terão um impacto ambiental muito menor.

“A pecuária é uma atividade tremendamente destrutiva e totalmente insustentável. Mesmo assim, a demanda por carne e leite está em alta”, diz Patrick Brown, fundador de uma dessas startups, a Impossible Foods, com sede em Redwood City, no coração do Vale. A empresa captou US$ 75 milhões para desenvolver imitações de carne e queijo à base de vegetais.

Segundo as Nações Unidas, a pecuária ocupa 30% da superfície degelada do planeta e é responsável por 14,5% de todas as emissões de gás estufa. Produzir carne também implica abastecer os animais com enormes quantidades de comida e água. Nos EUA, para cada 1 kg de animal vivo normalmente são necessários 10 kg de ração na bovinocultura, 5 kg na suinocultura e 2,5 kg na avicultura. Por outro lado, a população mundial deve passar dos 7,2 bilhões de pessoas atuais para mais de 9 bilhões em 2050 - e o consumo de carne tende a aumentar na mesma proporção. Para atender a demanda, a produção de alimentos terá de crescer significativamente.

É um desafio enorme, mas também uma boa oportunidade econômica. “Sempre que você encontra um jeito de usar proteína vegetal no lugar de proteína animal, a eficiência gerada, em termos de energia, de água e de todos os outros insumos envolvidos, é enorme - e no limite isso se traduz em economia de recursos financeiros”, diz Ali Partovi, um investidor de São Francisco que detém participações em startups como Dropbox e Airbnb, assim como em meia dúzia de empresas envolvidas na produção sustentável de alimentos.

O problema é que muitas pessoas fogem dos vegetais e dão preferência à carne, aos seus derivados e aos laticínios. Brown, entre outros empresários do ramo, acha que a solução é reproduzir com vegetais o sabor da carne, excluindo o elemento animal da equação. Dessa forma, pelo menos em tese serão usados menos recursos para produzir mais que a quantidade necessária de comida para alimentar todo mundo. “Estamos reinventando a maneira de transformar vegetais em carne e leite”, diz ele. Outras startups tem aspirações semelhantes. A Beyond Meat, que produz “nuggets” e “carne moída” à base de vegetais já comercializa seus produtos em supermercados. O mesmo faz a Hampton Creek, cuja maionese sem ovos é sucesso absoluto na rede americana Whole Foods Market.

Além do vegetarianismo. Como é sabido, as gigantes da indústria de alimentos já oferecem diversas alternativas para os derivados de carne e leite, e muitos vegetarianos e veganos os consomem. A diferença na nova abordagem é que essas startups não têm como público-alvo o pequeno porcentual da população que já vive com uma dieta majoritariamente à base de vegetais. Os consumidores que eles querem atingir são as pessoas que não se fartam de consumir carne e laticínios, e, para tanto, é fundamental imitar os sabores suculentos e as texturas cremosas que tantas pessoas adoram. “Queremos ter um produto que alguém louco por hambúrgueres diga que é melhor que todos os hambúrgueres que ele já comeu”, diz Brown.

Isso também é diferente de “cultivar” carne num laboratório usando a engenharia de tecidos, que envolve o emprego de culturas de células retiradas de animais vivos. A empresa nova-iorquina Modern Meadow investe nessa tecnologia, embora seu objetivo mais imediato seja produzir couro cultivado.

Criar uma nova categoria de alimentos é arriscado, pois consome altas doses de tempo e dinheiro. As gigantes do setor preferem adquirir produtos inovadores, em vez de desenvolvê-los internamente, explica Barb Stuckey, gerente de inovações da Mattson, uma consultoria do ramo de alimentos e bebidas com sede na Califórnia que vem desenvolvendo muitos produtos novos. “Só mesmo alguém de fora para dar uma sacudida na indústria de alimentos”, conjectura ela.

O negócio já atraiu um número considerável de renomados grupos e investidores de capital de risco, incluindo Kleiner Perkins, Google Ventures, Andreessen Horowitz, Khosla Ventures, Bill Gates e outros. “Se você for capaz de oferecer um alimento (à base de vegetais) mais saudável, com sabor igual ou melhor, a um custo igual ou menor, o sucesso é garantido”, diz Samir Kaul, do grupo Khosla. Se as companhias que têm recebido esses investimentos derem certo, os retornos podem ser fantásticos. A indústria americana de carne vale, sozinha, US$ 88 bilhões. E mesmo no caso de condimentos, como a maionese, o mercado chega a US$ 2 bilhões. Apesar disso o entusiasmo não é generalizado. Esses empreendimentos comportam risco elevado e alguns podem fracassar, adverte Michael Burgmair, da Silverwood Partners, um banco de investimentos com dezenas de negócios no setor de alimentos e bebidas. Segundo Burgmair, a questão é: “Será que os consumidores estão prontos para alguns desses produtos?”

A resposta de Brown, da Impossible Foods, é afirmativa. Inventor de um DNA-chip (também conhecido como DNA microarray, ou biochip) hoje largamente utilizado na análise de expressão genética, sua empresa vem desenvolvendo imitações de carne e queijo à base de vegetais há três anos. No caso da carne, o objetivo é recriar seus componentes essenciais - tecido muscular, conjuntivo e adiposo - usando substâncias vegetais. O primeiro produto da empresa é um hambúrguer que já tem aparência de carne, tanto cru, como cozido, e que, quando chegar ao mercado, vai ser tão ou mais gostoso que um hambúrguer de carne tradicional, promete Brown.

Para tanto, ele montou uma equipe comparável às que trabalham em companhias farmacêuticas e de biotecnologia. A maior parte é constituída de biólogos moleculares e bioquímicos. Há também físicos. Mas só um grupo reduzido é composto de indivíduos com formação em ciência dos alimentos ou treinamento culinário. No laboratório da empresa, os cientistas quebram substâncias vegetais e extraem delas proteínas individuais com propriedades funcionais capazes, por exemplo, de fazer com que um alimento ganhe ou perca consistência ao ser levado ao fogo.

Os cientistas da Impossible Foods também passaram muito tempo tentando descobrir o que confere à carne seu sabor inconfundível. Segundo Brown, o segredo do sabor de um hambúrguer está na heme, um composto presente em todas as células vivas, incluindo as vegetais. É também a heme que dá aos hambúrgueres sua coloração avermelhada. No processo de cozimento, ela atua como um catalisador que ajuda a transformar os aminoácidos, vitaminas e açúcares do tecido muscular em inúmeras moléculas voláteis e dotadas de sabor, explica ele. Para que seus hambúrgueres tenham o sabor suculento da carne, a Impossible Foods usa uma proteína heme equivalente a um composto desse tipo encontrado nas raízes dos legumes.

O desenvolvimento do hambúrguer já avançou muito. Brown diz que o primeiro protótipo criado pela empresa foi comparado a uma “polenta rançosa”. Versões mais recentes receberam críticas bem mais favoráveis e houve quem dissesse que eram “melhor que hambúrguer de peito de peru”. Em termos nutritivos, o conteúdo proteico do hambúrguer da Impossible Foods talvez seja ligeiramente mais elevado que o do hambúrguer convencional, ao passo que a quantidade de micronutrientes no produto à base de vegetais é no mínimo igual à presente no de origem animal. Além disso, por ser feito de vegetais, ele não contém vestígios de antibióticos, hormônios ou colesterol. A empresa trabalha com a expectativa de começar a comercializar o hambúrguer no fim deste ano.

Pegando gosto. A Beyond Meat, sediada no sul da Califórnia, também realiza estudos sobre os componentes da carne a fim de reproduzir sua textura e sabor. “Já sabemos o bastante para compreender a arquitetura e a composição de um pedaço de músculo”, diz o CEO da empresa Ethan Brown (nenhum parentesco com o Brown da Impossible Foods). O carro-chefe da Beyond Meat são os Beyond Chicken Strips, comercializados desde 2012, que apresentam uma textura surpreendentemente autêntica ao serem consumidos. Quando, por engano, diversos pontos de venda da Whole Foods Markets puseram à venda algumas saladas de frango preparadas com os nuggets à base de vegetais da empresa, não houve queixas. Só dois dias depois um funcionário descobriu o erro, e então as saladas foram oficialmente submetidas a um recall. A textura do produto é o resultado de anos de pesquisas conduzidas na Universidade do Missouri. Agora ela pode ser reproduzida por meio de um processo que dura menos do que dois minutos: um extrusor rapidamente aquece, resfria e pressuriza uma mistura de proteínas e outros ingredientes numa estrutura que imita o tecido fibroso de um músculo.

O mais novo produto da empresa, Beast Burger, foi lançado em fevereiro. Contém mais proteína, mais ferro e é, no conjunto, mais nutritivo que os hambúrgueres feitos com carne de verdade. “A obsessão por carne no fundo corresponde, na história da evolução humana, à busca de uma fonte alimentar rica em nutrientes”, explica o CEO. “Eu quis usar essa ideia como ponto de partida e elaborar em cima dela.”

Mas convencer os carnívoros a comprar hambúrgueres à base de vegetais não é tarefa fácil. “A impressão que eu tenho é que carne é um negócio meio masculino. Não dá pra vender do mesmo jeito que você vende alface”, diz Brown. Por isso, a empresa quer construir sua marca com imagens de vitalidade, boa forma física e saúde. Atletas são usados em suas campanhas publicitárias. David Wright, capitão da equipe de beisebol New York Mets, já está no elenco. Em troca, ele receberá uma pequena participação acionária.

Ainda em desenvolvimento está o que talvez seja o produto mais ambicioso criado até hoje pela Beyond Meat - um equivalente de carne moída crua que a companhia pretende vender nas seções de carne dos supermercados, lado a lado com carne de verdade. Essa carne moída à base de vegetais deve ser lançada ainda este ano e poderá ser cozida e preparada em forma de bolo de carne ou de almôndegas. Não se descarta a possibilidade de que alguma cadeia de fast-food queira usá-la na preparação de seus hambúrgueres.

A Hampton Creek, de San Francisco, usa proteínas vegetais no lugar de ovos nos produtos que já lançou. Sua maionese Just Mayo e sua massa pronta para cookies Just Cookie Dough são comercializadas em 30 mil estabelecimentos, incluindo as redes Kroger e Walmart. A empresa agora trabalha no desenvolvimento de um molho para salada tipo ranch e em versões vegetais de ovos mexidos e macarrão. O objetivo é criar produtos que estimulem as pessoas a substituir itens convencionais por alimentos sustentáveis, à base de vegetais. “A mudança acontece quando você faz uma coisa tão gostosa e a um preço tão acessível que ninguém resiste a experimentá-la”, diz o presidente da empresa Josh Tetrick.

Para conseguir isso, a Hampton Creek montou uma equipe que inclui especialistas em bioquímica, bioinformática e ciência dos alimentos, além de alguns chefs. Os cientistas da empresa extraem e isolam proteínas de substâncias vegetais e realizam análises bioquímicas básicas para entender suas características e possíveis aplicações em diversos alimentos. As mais promissoras são testadas em receitas preparadas nas seções de padaria e culinária da empresa.

Até agora foram analisadas mais de 7 mil amostras de vegetais e identificadas 16 proteínas que podem ter alguma utilidade em aplicações culinárias. Algumas já são usadas em produtos alimentícios comercializados pela empresa, como é o caso de um tipo de ervilha amarela canadense que entra na composição da maionese Just Mayo. Os cientistas da Hampton Creek buscam proteínas com propriedades funcionais, como as de ação espumante, gelatinosa e de retenção de umidade. A maionese, por exemplo, precisa de uma substância que combine a quantidade certa de óleo com água a fim de criar uma emulsão estável. Para chegar à versão atualmente vendida nos supermercados, a companhia testou mais de 1,5 mil fórmulas diferentes.























Fonte: Jornal Estadão

domingo, março 22, 2015

Que tal se hospedar de graça por todo o mundo trabalhando com a natureza?





Que tal se hospedar de graça por todo o mundo, ter três refeições por dia, aprender mais sobre cultivos orgânicos, em troca de trabalhar meio período em contato com a natureza? A proposta é do site World Wide Opportunities on Organic Farms (WWOOF), em português, Rede Mundial de Oportunidades em Fazendas Orgânicas.

É uma forma incrível de conhecer o mundo, partilhar experiências, participar realmente na rotina do lugar e, claro, viajar a baixo custo. Com o seu meio período de trabalho, você está ajudando o dono da fazenda e está aprendendo, conhecendo a forma de produção de alimentos orgânicos e praticando uma variante de turismo sustentável. Num tempo em que muitas pessoas estão frustradas em suas carreiras, vivendo na loucura de grandes cidades, essa pode ser uma alternativa para quem busca um tempo para refletir e se desconectar um pouco da correria dos nossos dias.

O projeto nasceu bem antes da Internet, na década de 70, mas tem conhecido uma grande expansão, sendo hoje uma rede internacional com mais de 50 países envolvidos e milhares de propriedades inscritas para receber voluntários. O processo é bem simples – você se inscreve no site, pagando uma anuidade, e escolhe a fazenda que mais se adequa às suas capacidades. Depois é só entrar em contato com os proprietários e seguir viagem.



18 razões para apoiar a implantação de ciclovias

Sabemos que há um crescente movimento contrário à implantação de ciclovias na capital paulista, que ao mesmo tempo em que nega o direito de utilização segura das ruas em bicicletas, defende a continuidade do uso do espaço público para fins particulares, priorizando o estacionamento de automóveis em detrimento da circulação do veículo bicicleta.

É importante ressaltar que estacionar o carro na rua não é direito garantido por lei, seja na esfera municipal, estadual ou federal. Além disso, necessidades individuais não podem sobrepujar a coletividade e o direito do cidadão que utiliza a bicicleta de circular com mais segurança, sem se sentir ameaçado por pessoas que pensam de forma diferente e se utilizam de outros veículos.



A maior cidade do Brasil ainda está estacionada no século passado em relação à mobilidade. Negar o desenvolvimento sustentável e o uso da bicicleta como alternativa de transporte aos cidadãos é manter um conceito ultrapassado e já abandonado nas cidades mais desenvolvidas do mundo, além de negar a quem utiliza esse meio de transporte seu direito inalienável de escolha.

Na decisão de apoiar ou se opor à construção de ciclovias, listamos 18 razões para apoiar as ciclovias:

  • 1- Construir ciclovias e reduzir limites de velocidade significa preservar vidas, pois a bicicleta é frágil frente ao tamanho e velocidade dos demais veículos nas ruas. Queremos uma cidade onde idosos e crianças possam ocupar as ruas sem medo.
  • 2- Ciclovias promovem ocupação do espaço público, tornando-o espaço de convivência e não apenas de passagem. Espaços ociosos, pouco frequentados e abandonados pelo poder público e pelos cidadãos têm maior índice de criminalidade. Por isso, investir na bicicleta aumenta a segurança pública.
  • 3- Ciclovias são boas para o comércio, pois ciclistas são clientes potenciais que passam em baixa velocidade e não exigem grandes áreas de estacionamento, podendo facilmente parar em frente a uma vitrine, entrar numa loja, conhecer um serviço. Comerciantes da região do Largo 13 de Maio, em Santo Amaro – que têm suas lojas dentro da área onde houve restrição da circulação de automóveis desde 2013 – tiveram aumento nas vendas com mais pessoas circulando a pé, em velocidade similar à de uma bicicleta a passeio. No entorno da Ciclofaixa de Lazer, onde 100 mil pessoas circulam a cada domingo, comerciantes mais conectados com as tendências de mercado souberam aproveitar o fluxo de clientes potenciais e estão lucrando com isso. Em Nova York, depois que a Times Square teve a circulação de carros restringida, registrou-se um aumento de 50% no valor dos imóveis e na receita do comércio.
  • 4- Há demanda pelo uso da bicicleta em São Paulo. Pesquisa de Mobilidade da Região Metropolitana, realizada pelo Metrô em 2012, registrou 333 mil viagens diárias em bicicleta durante os dias úteis, mesmo com a infraestrutura ainda reduzida, deficiente e desconectada. Vale ressaltar que esse número já representava, dois anos atrás, mais do que o dobro das viagens de táxi, contabilizadas em 158 mil/dia.
  • 5- Grande parcela da população só adotará a bicicleta em seus deslocamentos a partir da proteção oferecida por áreas segregadas. Na pesquisa sobre Mobilidade Urbana realizada pela Rede Nossa São Paulo e Instituto Ibope, em 2012, entre as pessoas que afirmaram não utilizar nunca a bicicleta, 63% afirmaram que passariam a usar havendo melhores condições. Dentre essas pessoas, 27% traduziram essa falta de segurança expressamente em necessidade de ciclovias.
  • 6- A mesma pesquisa apontou que uma em cada quatro pessoas entrevistadas usava a bicicleta “de vez em quando”. Entre os jovens de 16 a 24 anos, esse número saltava para 47%. A quantidade de pessoas que utilizava a bicicleta “todos os dias” ou “quase todos os dias” também é bem maior do que se imagina: 7%. Somados, os ciclistas habituais e eventuais representavam, em 2012, 32% da amostra, praticamente um terço da população entrevistada e o dobro da parcela de pessoas que usava frequente ou eventualmente a moto (16%).
  • 7- O uso da bicicleta é benéfico à saúde dos cidadãos, pois o simples fato de usar a bicicleta como transporte os afasta do sedentarismo e de todos os problemas de saúde deles decorrentes. A atividade física regular previne doenças cardíacas e AVCs, hipertensão, ajuda a controlar o diabetes, aumenta a resistência aeróbica, reduz a obesidade, ativa a musculatura de todo o corpo, diminui a incidência de doenças crônicas, faz bem para a saúde do idoso e aumenta a expectativa de vida.
  • 8- O uso da bicicleta melhora a qualidade de vida de quem a utiliza, não só pelo ganho em saúde mas também pela diminuição do stress, melhorando os relacionamentos interpessoais e humanizando o trânsito e a cidade.
  • 9- As ciclovias proporcionam uma retomada do uso das ruas pelas crianças, sendo uma opção de lazer que resgata uma faceta da infância há muito esquecida nas regiões mais urbanizadas da cidade. Já temos crianças utilizando as ciclovias junto a seus pais e, conforme sua aceitação, abrangência e conectividade aumentarem, esse fenômeno tende a crescer, com o potencial de permitir que pedalem sozinhas até a escola.
  • 10- Quem opta pela bicicleta economiza tempo, sobretudo nos horários de pico, quando a velocidade média dos automóveis chega a meros 6,9 km/h em alguns casos – a mesma de alguém caminhando com pressa. Os Desafios Intermodais realizados desde 2006 na cidade comprovam que a bicicleta é bem mais rápida que o carro nesses horários – em um deles, chegou antes até mesmo do helicóptero, que necessita aguardar autorização para decolagem e tráfego.
  • 11- A bicicleta traz economia para o cidadão, pois os custos com compra, utilização e manutenção são muito menores que o do automóvel, representando redução de gastos até para quem a utiliza em substituição ao transporte público. Além de ser um fator importante para as camadas sociais mais baixas, o valor economizado pode ter destino em consumo, aquecendo comércio e serviços.
  • 12- O uso da bicicleta é benéfico à cidade, por ser um meio de transporte não poluente. Conforme pesquisa do Instituto Saúde e Sustentabilidade, nos próximos 16 anos a poluição atmosférica matará 256 mil pessoas no Estado (quase 44 pessoas por dia) e a concentração de partículas poluentes no ar levará a internação de 1 milhão de pessoas e um gasto público estimado em mais de R$ 1,5 bilhão, com pelo menos 25% das mortes (59 mil) ocorrendo na capital. Construir ciclovias, portanto, preserva vidas também de forma indireta e diminui o gasto público com o sistema de saúde e o da população com medicamentos para tratar doenças causadas pela poluição.
  • 13- A bicicleta é um veículo silencioso e sua adoção em maior escala trará uma diminuição da poluição sonora da cidade;
  • 14- A construção de vias para bicicletas têm um custo muito menor que a de vias para veículos motorizados. Quanto mais cidadãos as adotarem, menor será o gasto com criação e manutenção do viário a longo prazo, economizando o dinheiro da cidade.
  • 15- O incentivo e a garantia de uso seguro da bicicleta democratizam o deslocamento. Todos os cidadãos são importantes para uma cidade, não apenas os que se deslocam em automóveis e essa mensagem é passada claramente com a construção de ciclovias;
  • 16- Ciclovias atuam no sentido de reduzir os congestionamentos e a lotação dos transportes públicos, ao passo que cada vez mais pessoas troquem suas opções de deslocamento pelas bicicletas, ainda que eventualmente;
  • 17- O novo Plano Diretor Estratégico de São Paulo (PDE), que tem força de Lei Municipal, tem como uma de suas diretrizes a “prioridade no sistema viário para o transporte coletivo e modos não motorizados”. Isso significa que o uso de bicicletas deve ter prioridade sobre o uso do automóvel. Portanto, a construção de ciclovias cumpre uma das diretrizes dessa Lei. O PDE também determina que a cidade deve “desestimular o uso do transporte individual motorizado”, “adaptar as condições da circulação de transportes motorizados a fim de garantir a segurança e incentivar o uso de modais não motorizados”, “garantir o deslocamento seguro e confortável de ciclistas em todas as vias” e “implantar redes cicloviárias”, entre outros apontamentos.
  • 18- Da mesma maneira que o PDE, a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que tem força de Lei Federal, tem como uma de suas diretrizes a “prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados”, determinando que o uso de bicicletas deve ter prioridade sobre o uso do automóvel. A construção de ciclovias cumpre, também, uma das diretrizes dessa Lei, que determina ainda a “dedicação de espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte público coletivo e modos de transporte não motorizados”, entre outras citações.


Com as informações: Vá de Bike

quinta-feira, março 19, 2015

Retirar ciclovias de SP é 'retrocesso que não se viu em nenhum lugar', diz especialista

Retirar as ciclovias de São Paulo "é um retrocesso que não se viu em nenhum lugar do mundo", na avaliação de Thiago Benites, gerente de transportes ativos no Brasil do Institute for Transportation & Development Policy (ITDP), entidade com sede em Nova York que atua com prefeituras na elaboração de projetos de mobilidade.

"Voltar ao que estava antes na avenida Paulista não faz sentido para ninguém", afirma.

Segundo Benites, o ritmo de instalação das ciclovias do Brasil "é parecido com que se viu em todo o mundo" e "não parece que não há estudos".

"O que se via era uma série de estudos que nunca eram implementados. O conceito de uma rede mínima, que está sendo feito agora, mostra que há sim um planejamento", afirma o consultor, que também afasta qualquer possibilidade de as ciclovias trazerem insegurança. "Isso é um descalabro", afirma.

Já para o ativista e editor do site Vá de Bike Willian Cruz, o Ministério Público tem o direito de pedir para ver o projeto e questionar se houve estudos de implementação. "Mas interromper e retroceder o trabalho que já foi feito para a modalidade urbana na cidade é um absurdo."

Cada quilômetro de ciclovia custa R$ 200 mil. Até o momento, a prefeitura já gastou cerca de R$ 54 milhões com o projeto. A Promotora Camila Mansour Magalhães da Silveira não detalha o que ocorrerá com o dinheiro que já foi gasto nesse projeto, mas diz que quem investiga os custos é a Promotoria do Patrimônio Público e Social. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".



terça-feira, março 17, 2015

Fundação Desenvolve Casa Sustentável a Soleta Zero Energy.







A Soleta Zero Energy é uma residência sustentável e tecnológica construída na Romênia. O modelo, desenvolvido pela Fundação Capra Justin para Invenção e Tecnologias Sustentáveis, mostra que é possível mesclar técnicas antigas e novas para reduzir o impacto ambiental de uma construção.

“Acreditamos que as coisas são muito mais simples. Existem soluções tradicionais para quase todos os ‘problemas’ de nossas casas, precisamos apenas reinventá-las nas condições atuais”, diz o site do projeto. A Soleta é uma residência pensada para reduzir ao máximo o consumo de energia, ao mesmo tempo em que é abastecida, na maior parte, por fontes renováveis.

Para alcançar este objetivo, os arquitetos contaram com sistemas de monitoramento energético, que controlam automaticamente o consumo e podem ser gerenciados por smartphones. Além disso, a casa é equipada com placas fotovoltaicas e coletores solares, que aproveitam a energia do sol para produzir eletricidade e aquecer a água.


Em termos de eficiência energética, a casa ainda conta com sistema de recuperação de calor. A iluminação da casa é feita com lâmpadas de LED e em um formato inteligente, com monitores de presença, que evitam o desperdício.

Outro diferencial da estrutura é o fato de não possui paredes externas. O próprio telhado cobre toda a casa e se estende até o chão. Segundo o site do projeto, este formato aumenta a iluminação natural, otimiza a proteção contra o vento e barateia a obra.

A madeira foi um dos principais materiais usados na construção, que também conta com muito vidro, para valorizar a iluminação natural. A matéria-prima foi, em sua maioria, obtida localmente e o projeto foi pensado para ter custos reduzidos.

A gestão adequada da água também é fator importante nesta residência. A Soleta conta com um sistema de captação da água da chuva e tratamento, para que o recurso seja reaproveitado na estrutura da casa, evitando desperdício e gastos constantes. Além de todas essas soluções, a casa ainda pode ser facilmente ampliada sem que grandes mudanças em sua estrutura sejam feitas.

Fonte: Soleta Zero Energy


domingo, março 15, 2015

Primeira Cidade 100% Sustentável

Masdar (fonte, em árabe) é apenas um canteiro de obras em torno de seis prédios e uma universidade, mas, até 2030, quando ficar pronta, seus 6 km2 abrigarão 40 mil pessoas e apenas empresas sustentáveis. O custo do projeto será de cerca de US$ 22 bilhões.

Movida a sol e vento. Como a região recebe quase 12 horas diárias de sol,usinas solares com imensos painéis foram distribuídas estrategicamente ao redor do empreendimento. Uma torre de energia eólica de 45 m (o equivalente a um prédio de 15 andares) captará as correntes de ar frio e também informará aos moradores a quantidade de energia consumida no dia.



O pedestre é rei. Todos os veículos serão públicos, elétricos e automatizados e só circularão no subsolo. Por meio de totens eletrônicos, qualquer um poderá solicitar um carro para até quatro pessoas. Aí, é só digitar o endereço de destino no computador de bordo. Haverá também transporte coletivo em trilho suspenso, com partidas rumo a Abu Dhabi a cada meia hora.

Vá pela sombra. Quem planeja uma cidade do zero tem a vantagem de poder "mexer" nos seuselementos climáticos. Para aproveitar a brisa do deserto, Masdar será erguida sobre uma elevação de 7 metros. E, para evitar a incidência do sol escaldante da região, as ruas serão estreitas, potencializando a canalização do vento e a formação de sombras.

Coração e cérebro. A obra está crescendo em torno do Instituto de Ciência e Tecnologia, um prédio de 163 mil m2, que abriga um braço do aclamado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) dos EUA. Ela reúne pesquisadores e professores interessados em aprimorar assoluções de sustentabilidade. Já conta com 337 estudantes de 39 países (incluindo brasileiros).

Prédios inteligentes. Até a arquitetura dos prédios é controlada. Eles terão design inteligente, altura máxima de 40 metros e painéis solares no telhado. Elementos estruturais como madeira certificada e paredes duplas facilitarão o isolamento térmico. Serão abastecidos com água do mar da Arábia dessalinizada, reaproveitada após o uso.

Projeto com grife. O projeto urbanístico, encabeçado pelo famoso arquiteto inglês Norman Foster, inclui estações de tratamento de água e esgoto e centros de reciclagem. As diversas áreas arborizadas darão preferência a espécies que produzem biocombustíveis. A praça central terá toldos que vão abrir e fechar ao longo do dia, de acordo com a temperatura.

Polo corporativo. Uma das razões para os Emirados construírem Masdar é "limpar a consciência": atualmente, o país depende muito do petróleo abundante em seu território e tem uma das maiores taxas per capita de consumo de energia. A cidade pretende atrair até 1.500 empresas sustentáveis com um pacote de incentivos. General Electric, Mitsubishi e Siemens já estão confirmadas.

A terra há de comer. Masdar já recicla 86% dos resíduos da própria construção. A madeira é picada e aplicada em áreas ajardinadas e o concreto é moído e reutilizado no preenchimento do solo. Para restos orgânicos, a comunidade terá usinas públicas de compostagem, cujo adubo será usado nas áreas verdes. Moradores também receberão composteiras domésticas.







Fontes: Sites BBC, EXAME, Masdar e Foster and Partners

sexta-feira, março 13, 2015

Contra crise,governo de São Paulo quer tratar água do rio Pinheiros.

Traçado natural do rio Pinheiros em relação ao traçado atual.
O governo paulista pretende tratar a água suja do rio Pinheiros para aproveitá-la no abastecimento da população. A declaração foi feita pelo secretário de Recursos Hídricos, Benedito Braga, nesta segunda (9), ao programa "Roda Viva", da TV Cultura. O tratamento seria feito no próprio curso do rio, entre as usinas de Traição e Pedreira, no limite com a represa Billings, zona sul de São Paulo.

Segundo ele, a ideia é retomar um projeto que já consumiu R$ 160 milhões e foi abandonado duas vezes, em 2003 e em 2011 –nos dois casos, em gestões do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Após dez anos de investimentos do Estado e da Petrobras (R$ 80 milhões de cada), o projeto não conseguiu limpar de maneira satisfatória a água do Pinheiros. Testes apontaram que ele não eliminava o nitrogênio amoniacal, que permite a proliferação de algas que podem liberar toxinas nocivas à saúde.

Uma grande quantidade de lodo gerada no processo está estocada até hoje em uma área próxima da Billings. A remoção só começou em junho. O processo busca, por meio de produtos químicos, agrupar a sujeira em flocos. Depois, bolhas de oxigênio são injetadas no fundo do rio, fazendo a sujeira subir até a superfície para que possa ser retirada.

O secretário afirma que, atualmente, existem processos mais modernos de flotação, capazes de retirar esses resíduos do rio. Segundo Braga, a ideia é lançar a água na represa e captar essa mistura, que seria tratada como a água de um rio qualquer. "A Sabesp está em discussão com o empreendedor que fez o teste [em 2011] para retomar esse processo. Há novas tecnologias e temos esperança de deixar o reservatório Billings bonitinho", disse.

Para Eduardo Cleto Pires, professor da USP de São Carlos especializado em tratamento de água, o risco é o de espalhar os resíduos do rio Pinheiros por outros mananciais da Grande São Paulo. "A medida só está sendo tomada para o abastecimento humano porque estamos em um momento de crise. O problema é que isso se torne permanente, mesmo depois dessa crise", disse ele.

Com as informações: Folha de São Paulo.

Os rios de São Paulo.


Notícias da crise de água de São Paulo tem, até agora, se espalhado. Mas, embora a palavra "seca" esteja muito em uso, e apesar da grave falta de chuva ser um dos muitos fatores em jogo, quando se trata de escassez real de água, a verdade é como acontece com quase tudo nesta metrópole é complicado mesmo.

Há uma riqueza de água em São Paulo: a chuva de fim de tarde que banha a cidade quase todos os dias no verão tem sido muito rara nestes dois últimos anos; Recentemente durante uma tempestade torrencial em que caiu a metade da chuva esperada para todo o mês de fevereiro caiu no espaço de apenas algumas horas.


Quando a tempestade atingiu o centro de São Paulo, o terminal de ônibus na Praça Pedro Lessa, no Vale do Anhangabaú, foi rapidamente inundada. Tristeza para alguns usuários dos ônibus  olhando melancolicamente das janelas, a velocidade da enxurrada na superfície  impermeável toda concretada da capital impulsiona canais perigosos, níveis de movimento rápido, que causam enchentes e deslizamentos de terra, mesmo em alguns bairros, assim como milhões habitantes tem que lidar com as inundações e ao mesmo tempo com o limitado abastecimento de água que atinge os moradores.

Água, 
é sem surpresa um tema de discussão incessante entre os moradores, e fonte de considerável da ansiedade coletiva. E, para alguns, incluindo um punhado de bem informadas amadores observadores de água, tornou-se uma obsessão que alteram a vida. Em aventuras que narra em sua página no Facebook, EXISTE Água em SP ("Não há água em SP"), o caçador rio Adriano Sampaio é um expedicionário urbano, andando incansável pela cidade em busca de rios e nascentes perdidos, e postar um fluxo constante de vídeos para a sua página. Ele e seu amigo Ramon Bonzi, urbanista, usam mapas de 1930 colocados sobre mapas das ruas de São Paulo para rastrear rios escondidos e esquecidos, espiando por cima paredes, levantando as tampas de esgoto e escalando sobre o mato em busca de rios, córregos e nascentes. "Nós sempre encontramos alguma coisa", diz Sampaio. 

Em um post recente filmado no bairro operário de Cidade Antonio Estevão de Carvalho, ele mostra moradores pescam em um lago criado pela comunidade, e relatórios sobre fluxos de mato, negligenciada e no esgoto bruto infiltrar nos cursos de água, "em linha reta a partir do sistema de esgoto público".  Em uma expedição de Pirituba, no norte da cidade, Sampaio bebeu de uma fonte usada pela comunidade para obter água potável, e tornou-se tão mal que ele acabou no hospital. "É vital que as diferentes nascentes e fontes de água ao redor da cidade sejam testados e classificadas para que as pessoas saibam o que usar cada fonte pode seguramente ser colocado para" diz ele.

São Paulo tem cerca de 300 cursos de água com o nome, diz Campos, e provavelmente mais perto de 500 no total. Um mapa coletivo usado pelos Rios e Ruas mostra a cidade parecendo um órgão vital, envolto em um web azul de vias - uma rede de rios e córregos em sua maioria enterrados num total de mais de 3.000 km. "Há uma abundância de água em São Paulo", diz de Campos. "É apenas muito mal gerido". Sampaio, ao longo da vida uma amante da natureza, foi inspirada primeiro a ação em 2013, depois de uma descoberta da possibilidade que ele fez durante a caminhada em um pequeno parque, Praça Homero Silva, perto de onde ele cresceu no bairro da Pompéia. "Eu percebi que o chão estava enlameado, e eu comecei a cavar", lembra ele.

Em poucos minutos, a água começou a escorrer da terra. Sampaio cavou outro buraco e a água brotou do chão, ele era viciado. Definindo a trabalhar para canalizar a água das várias nascentes que ele descobriu no parque, ele silenciosamente criou uma pequena lagoa, sem permissão, na parte inferior do parque; e em julho de 2014, com a ajuda de amigos e simpatizantes, uma segunda lagoa, ao lado do primeiro. "Nós só usamos materiais que encontramos na área", diz ele.

As lagoas que eles escavaram levaram vários meses para encher, mas hoje, estão cheios de vida da planta e em torno da água, e repleto de peixes - cerca de 10 espécies introduzidas por Sampaio, incluindo tilápia gordura e carpa, peixe cascudo, peixe Vidro, paulistinha, Espadinha e minúsculo Guarú este último é excelente para comer mosquitos e suas larvas, e, assim, combater a propagação da dengue, que está em ascensão na cidade como um resultado de milhões de litros de água acumulados. As lagoas de atrair todos os tipos de pássaros, e eles também atrair as pessoas: "As pessoas estavam com um pouco de medo de vir ao parque antes", diz Sampaio.


Abundância de água do parque não é nenhuma surpresa para os seus vizinhos, muitos dos quais tiveram molas em seus quintais para as gerações. Em uma casa simples, cuja parede traseira faz fronteira com o parque, a poucos metros dos tanques de peixes, Eli Maria Jose Salis e sua família têm desfrutado de um fornecimento constante de água de nascente, executar a partir do parque em uma tubulação que leva a um segundo tanque de água, por mais de 30 anos.

O que será que eles precisam para completar o abastecimento de água que recebem da SABESP conselho de água privatizada da cidade? "Não, nós vemos que há abundância de água na cidade", diz Salis. "É que nós temos toda esta água, e não seria certo desperdiçá-la." A SABESP, no entanto, perde mais de 30% da água potável tratada em sua rede de distribuição, como resultado de vazamento massivo de tubos deteriorados, bem como o roubo em ligações clandestinas.

O grup EXISTE Água em SP e Rios e Ruas, também está em busca de mais rios. Em uma série de urgentes "mega-projetos" destinadas a driblar a escassez de abastecimento de água de São Paulo, o governo está trabalhando em um projeto para reverter o curso do Rio São Lourenço, e para desviar milhões de litros de água dos rios Paraíba do Sul, guaio, Juquiá e Itatinga, canalizando a água para a cidade de sistemas de reservatórios do Alto Tietê e Cantareira de São Paulo. Governador do estado, Geraldo Alckmin está esperando que as medidas irão banir o espectro de um racionamento draconiano de cinco dias sem água e 
dois dias com água, que ainda se os reservatórios não tiverem recuperado o suficiente até o início da estação seca, em Abril deste ano.

"As autoridades só parecem capazes de conceber obras de construção maciça, custando bilhões", diz Sampaio. "Mas eles não estão ainda garantidos para o trabalho - muitos desses rios estão com níveis 
extremamente baixo de água." Sampaio desistiu do seu emprego como vendedor de seguros no ano passado, depois de 20 anos, para se dedicar ao ativismo ambiental em tempo integral. Como estamos em um pedaço de terreno baldio acima do parque, tendo em vista através de Pompéia, ele expõe sobre a necessidade urgente de reflorestamento, e sobre o tema da "parques lineares" ao longo de rios e córregos, que criam lagos, lagoas e órgãos da água capaz de reter as águas pluviais e de águas pluviais, bem como lugares para as pessoas a sentar, caminhar e pedalar em paz.


Água escorrendo de lençol freático na rua Augusta em 1970
"Eu quero ajudar a lembrar às pessoas de que rios e córregos são, o que são as molas", diz ele. "Nós parecemos ter esquecido que somos parte da natureza", diz ele, "mas o fato é que estamos cercados por ela, mesmo quando não podemos vê-la." Não faz sentido deixar que água útil simplesmente escorrer rua abaixo, diz ele. Não deve ser uma questão difícil, para que a cidade que começa a classificar, armazenar e usar um pouco de sua água subterrânea, mesmo que não seja para beber, mas para centenas de outros usos. Por agora, muitas pessoas estão levando o assunto em suas próprias mãos, e fazendo uso do que a água que podem.

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A tabela água transbordando em que São Paulo se senta faz sua existência planície nas sarjetas de inúmeras ruas da cidade, jorrando para baixo canais tão bem atravessadas que alguns dos lancis são verde brilhante, com musgo. A uma taxa de até 5.000 litros por hora, a água clara, a maioria de qualidade razoável, é incessantemente bombeado desde as entranhas de edifícios cujas fundações foram perfurados a tabela de água, muitas vezes como resultado de parques de estacionamento subterrâneos.

Com a escassez agora em pleno vigor, alguns dos que a água agora está sendo capturado por particulares e moradores para o uso em não potável para regar plantas, roupas, quintal, descargas e lavar carros. A maioria, no entanto, é canalizada diretamente para o sistema de águas residuais, onde se mistura com o esgoto antes de encontrar o seu caminho para o Pinheiros e o Tietê - dois interconectados, rios seriamente poluídos, que infelizmente escapam pela cidade, preso entre 12 faixas de tráfego nas Marginais.

O Pinheiros, uma vez que uma exuberante curva, classicamente planícies serpentina rio, foi canalizado para longos trechos retos desde os anos 1940, e até hoje, recebe as descargas de esgoto bruto em vários pontos ao longo do seu lento, trajetória fétido - incluindo, de acordo com De Campos , a partir do chique shopping center Cidade Jardim. Não há previsão, diz ele, para o tratamento de águas residuais ao longo de todo esse trecho da margem esquerda do rio.

"As pessoas gostam de lamentar que os rios estão poluídos, como se fosse um fato consumado", diz ele. "Mas não é assim que funciona. . O problema é que nós estamos poluindo-los agora "De acordo com Campos, a limpeza das vias, incluindo as moribundas Marginais Pinheiros e Tietê, é muito mais simples do que parece: parar de poluir-los, começando pelos córregos. "Os rios são mais do que capazes de se auto limpar", diz ele, "se nós apenas dar-lhes a oportunidade."




Treduzido da publicação original em: The Guardian

quarta-feira, março 11, 2015

Comer amendoim com frequência faz bem para o coração, diz estudo.

Consumir amendoim, ainda que seja em pequenas quantidades, ajuda a reduzir a mortalidade causada por problemas cardiovasculares, aponta uma extensa pesquisa publicada nesta segunda-feira (2), que confirma trabalhos anteriores com resultados similares.

Os amendoins estão vinculados a uma diminuição da mortalidade geral entre 17% e 21% e uma diminuição de 23% a 38% das disfunções por doenças cardiovasculares, segundo os autores do estudo divulgado na revista JAMA, da associação médica nos Estados Unidos.

A pesquisa se baseou nos resultados de 70 mil indivíduos brancos e negros dos Estados Unidos e de 130 mil chineses em Xangai. A maioria dos participantes pertencia a categorias sócio-econômicas modestas.

"Em nosso estudo, constatamos que o consumo de amendoim coincidiu com uma diminuição da mortalidade geral, especialmente aquela causada por doenças cardiovasculares em populações negras e brancas norte-americanas, assim como entre chineses de ambos os sexos", afirmou Hung Luu, epidemiólogo da Faculdade de Medicina da Universidade Vanderbilt e principal autor do trabalho.

Como este fruto seco é bem menos oneroso e mais acessível que as nozes, reforçar seu consumo pode ser uma maneira econômica de melhorar a saúde cardiovascular das populações, explicou o especialista.

"Esses dados vêm de estudos epidemiológicos e não de provas clínicas controladas. Por isso, não estamos seguros em afirmar enfaticamente que o consumo de amendoins reduz a mortalidade", ponderou William Blot, do Centro de Pesquisas sobre o Câncer de Vanderbilt e co-autor do estudo.

Mesmo assim, "os resultados apoiam pesquisas anteriores que sugerem que os benefícios de comer amendoim são bastante alentadores".

O amendoim (sem adição de sal) é rico em nutrientes e contém ácidos graxos não-saturados, fibra, vitaminas e antioxidantes.

Com as informações: Portal UOL

Dica Culinária - Suco Desintoxicante.

INGREDIENTES:
  • 300 ml de água
  • ½ maça
  • ½ pepino
  • 1 colher de sopa de chia
  • 3 folhas de couve com talos
  • Hortelã a gosto
MODO DE PREPARO
  • Coloque todos os ingredientes em um liquidificar e bata. Se achar que seja necessário coar, sinta-se a vontade, embora seja melhor você toma-lo sem coar.
  • Não adoce com açúcar de maneira alguma. Se for necessário, nas primeiras vezes que tomar o suco desintoxicante, use adoçante e aos poucos vá diminuindo o uso até que consiga tomar sem usar.

quarta-feira, março 04, 2015

Cinco plantas para ambientes fechados que purificam o ar

As plantas são purificadores naturais do ar. Então, mesmo em ambientes menos ventilados, é possível cultivar determinadas espécies que ajudam a reduzir a toxidade. Sugerimos algumas espécies. Todas se adaptam bem com pouquíssima exposição ao sol e também pouca rega a luminosidade, no entanto, é sempre importante.

Clorofito 
O Clorofito precisa de muita luz e de pouca exposição ao sol no inverno. Regue diariamente no verão, mas modere nos dias frios.

Dracena
A Dracena não pede sol. Mas não gosta de lugares muito frios. Deixe-a em local iluminado e regue diariamente sem encharcar o solo.


Filodendro Pacová
O Filodendro Pacová gosta de lugares quentes nada de ar condicionado forte para eles e pede iluminação durante uma parte do dia manhã ou tarde. Como originalmente os Filodendros são epífitas, plante-o em solo enriquecido com fertilizante orgânico ou sobre xaxim. E só regue quando perceber que o substrato está secando.

Lírio da paz
O Lírio da Paz não pode ficar em vaso seco. Pede regas diárias em períodos mais áridos e regas a cada dois dias em períodos mais úmidos. A cada seis meses adube a terra e removas as folhas mortas e secas.

Samambaia
As samambaias não gostam de incidência direta de sol - basta receberem luminosidade em parte do dia. As regas devem ser diárias, mas o xaxim nunca deve ficar encharcado. Em dias quentes borrife água em suas folhas. Evite posicionar a samambaia em local em que haja corrente de vento.