quinta-feira, fevereiro 26, 2015

Seca na Califórnia estimula vida em Ecovilas

Num bairro de San Mateo, na Califórnia, duas casas conjugadas se distinguem das vizinhas. Nelas, em vez dos tradicionais gramados das casas de subúrbio americano, há hortas e pomares que alimentam as dez famílias que ali vivem. Nos fundos do complexo, flores e frutos atraem pássaros e abelhas, que se agrupam numa colmeia à beira de uma lagoa salobra. É inverno e as águas da lagoa estão baixas, como estão baixos os reservatórios da Califórnia após três anos de seca. Mas para Sanda Everette, fundadora da comunidade, os tempos são de abundância.
"Hoje posso passar o ano inteiro sem ter de comprar qualquer produto agrícola", diz a professora aposentada, rodeada por ameixeiras carregadas e pés de dezenas de variedades de verduras e legumes. Faz quase vinte anos que Everette e seu marido, Brian, se instalaram ali, inspirados pelos ideais da Contracultura dos anos 1960. Queriam viver numa comunidade, trabalhar a terra, tomar decisões em conjunto. Rejeitavam o consumismo do "sonho americano" e temiam seus efeitos no equilíbrio ecológico do planeta.

Com o tempo, outras famílias que partilhavam dos valores foram chegando. A comunidade cresceu, e a Ecovila San Mateo, como acabou batizada, tornou-se um modelo para ambientalistas e moradores que buscavam um estilo de vida mais sustentável e natural nos arredores de San Francisco. Quando a seca na Califórnia alertou os moradores sobre a necessidade de poupar água e reavivou um debate sobre os padrões de consumo dos americanos, Everette sentiu que tinha algo a compartilhar.

A começar por suas formas de economizar água no banheiro. "Nos anos 1970, tínhamos um ditado que dizia: se é amarelado, deixe acumulado; se é marrom, aperte o botão" (Em inglês, "If it's yellow, let it mellow; if it's brown, flush it down"). Seguimos essa regra até hoje. Ela também diz pôr um balde no chuveiro enquanto espera a água esquentar, aproveitando o líquido acumulado para irrigar a horta. Ali na ecovila, diz Everette, não se gasta água regando gramados, e cada gota despejada na horta vai parar no prato dos moradores. Até mesmo as plantas daninhas viram comida para as galinhas, e seu esterco é usado como adubo.

Além das vantagens para a saúde de ter produtos frescos o ano todo, ela diz que as práticas reduzem a dependência da casa por alimentos transportados por longas distâncias – poupando a emissão de combustíveis fósseis ou oriundos do agronegócio – que, segundo Everette, "desperdiça muita água e usa muito agrotóxico". Mas ela acredita que a tecnologia adotada pela casa que pode fazer a diferença para a Califórnia e outras regiões sob secas severas é o sistema aquapônico instalado no quintal. O sistema consiste em dois tanques de água interligados, onde se criam peixes e se cultivam verduras. É uma estrutura circular: as plantas filtram a água para os peixes, e os dejetos dos peixes nutrem as verduras. Nesse sistema, as plantas filtram a água para os peixes, e os dejetos dos peixes nutrem as verduras, Everette explica que, como os tanques estão cobertos, há pouca evaporação e não é preciso adicionar água ao sistema. E assim a casa passou a contar também com uma fonte de proteína animal.
Mudanças climáticas

"Muitas pessoas estão despertando para a necessidade de mudar seus padrões de consumo", diz à BBC Brasil Kate Litfin, professora de ciência política da Universidade de Washington. Litfin publicou no ano passado o livro Ecovilas: lições sobre formas de vida sustentáveis (sem lançamento previsto no Brasil), baseado no período em que viveu em 14 comunidades em cinco continentes. Segundo a Rede Global de Ecovilas, ecovilas são comunidades tradicionais ou intencionais administradas coletivamente e que integram ecologia, economia e cultura para regenerar ambientes sociais e naturais.

Os lançamentos da obra na Califórnia foram especialmente concorridos, diz a professora. "Os eventos estavam transbordando de gente, e todos estavam muito interessados na minha experiência. Tenho certeza de que isso tinha a ver com a seca". Litfin diz acreditar, porém, que o número de comunidades que se definem como ecovilas nos Estados Unidos não tem crescido – e não por falta de vontade, mas porque as terras no país são muito caras. Segundo a Companhia das Comunidades Intencionais, grupo que mapeia vários tipos de comunidades alternativas pelo mundo, há 205 unidades na Califórnia, muitas delas baseadas em princípios sustentáveis. Ainda assim, a professora afirma que "embora não possamos construir novas ecovilas para todos, podemos e devemos integrar seus princípios às nossas vidas. E isso está acontecendo".
Indústria da carne
A 140 quilômetros de San Mateo, na rica cidade de Davis, galinhas ciscavam soltas enquanto três rapazes arrancavam ervas daninhas do quintal de casa. Eram cumprimentados por vizinhos que passavam em shorts e camisetas fluorescentes, exercitando-se no fim da tarde. "É mais difícil plantar a comida que comprá-la, mas quero viver conforme os meus valores", diz David. "É bem mais difícil plantar sua própria comida que comprá-la no supermercado, mas quero viver conforme os meus valores", diz David Abramson, um dos oito moradores da residência. A casa é registrada como uma cooperativa e gerenciada por uma associação filantrópica, que aluga os quartos por preços abaixo do mercado. Para viver lá, deve-se ser estudante ou ter baixa renda, segundo os padrões locais.

Como na Ecovila San Mateo, os moradores ali dizem buscar reduzir ao máximo seu impacto no planeta. Segundo Abramson, quase toda a eletricidade da casa vem de painéis solares e, durante o verão, é comum eles receberem dinheiro da companhia fornecedora de energia elétrica por gerar mais energia do que consumir. Com a seca, diz Abramson, os moradores têm buscado reduzir ainda mais seu consumo de água. Para irrigar a horta, recorrem apenas à água usada para lavar a louça, coletada num balde na pia o detergente é biodegradável. Os moradores da Ecovila em San Mateo buscam 'reduzir ao máximo seu impacto no planeta'

E passaram a evitar comprar alimentos cuja produção consuma muita água, como carne. Abramson conta que ali se consome proteína animal uma vez por mês, quando eles próprios matam as galinhas mais velhas do quintal. Não é uma tarefa fácil, diz ele, já que as aves viraram quase animais de estimação. "Matá-las tem um custo emocional para nós, mas sinto que assim damos a importância devida a esse ato e não o banalizamos." 
Individualismo

Para a professora Karen Litfin, o maior obstáculo para a disseminação de formas de vida mais sustentáveis nos Estados Unidos é o individualismo. "Muitas pessoas ainda querem ter seu próprio carro, seu espaço privado, isso está muito enraizado na psique do estilo de vida americano." "A boa notícia é que os custos ambientais de permanecer nesse caminho serão tão altos que o problema terá de ser enfrentado coletivamente, por governos e a sociedade como um todo", afirma. "Vai chegar um momento em que esses padrões de vida terão de ser alterados, e não haverá escapatória."
Com as informações: BBC News.

Ministério da Saude do Brasil reconhece a alimentação vegana como Saudável

Mais um passo rumo à quebra de preconceitos! O Ministério da Saúde acaba de lançar a nova versão do Guia Alimentar Para a População Brasileira e, pela primeira vez, reconhece a alimentação vegana como uma opção saudável.

Com base em pesquisas oficiais, a publicação mudou completamente o tom de sua última versão, impressa em 2006, e trata de forma natural a dieta que não inclui alimentos de origem animal. Segundo o guia, o consumo de carnes, laticínios e ovos não é necessário para se ter uma alimentação saudável.

“No entanto A restrição de qualquer alimento na dieta obriga que se tenha maior atenção na escolha da combinação dos demais alimentos que farão parte da alimentação. Quanto mais restrições, maior a necessidade de atenção e, eventualmente, do acompanhamento por um nutricionista”, alerta o guia.

A publicação ainda recomenda a diminuição do consumo de carne para evitar problemas de saúde – como obesidade e doenças do coração e o Câncer e, também, para diminuir a pressão sobre o meio ambiente. “A diminuição da demanda por alimentos de origem animal reduz notavelmente as emissões de gases de efeito estufa responsáveis 

pelo aquecimento do planeta, além de diminuir o desmatamento decorrente da criação de novas áreas de pastagens e o uso intenso de água”, diz o manual.

O Guia Alimentar Para a População Brasileira será distribuído, gratuitamente, em escolas e hospitais de todo o país. A publicação representa a posição oficial do governo quanto à alimentação dos brasileiros e é usada como referência pelos profissionais da área da saúde entre eles, médicos e nutricionistas.

Veja todos os detalhes do 
Guia Alimentar Para a População Brasileira

Com as informações: The Green Post.

quarta-feira, fevereiro 25, 2015

Com aumento de ciclistas comercio tem aumento no faturamento

Em junho de 2014, a prefeitura de São Paulo anunciou um ambicioso plano de construção de 400 km de ciclovias até o final de 2015. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, estabeleceu como uma das premissas que, sempre que possível, a infraestrutura cicloviária não tiraria faixas de rolamento, mas seria implantada em substituição a 40 mil vagas de estacionamento permanentes ou rotativas nas ruas da cidade.


Junto às primeiras implantações vieram as reclamações de comerciantes e moradores, dizendo que “São Paulo não é Amsterdam”, que ninguém anda de bicicleta por aqui e que o comércio iria “quebrar”, pois os clientes não teriam onde estacionar seus carros. A reclamação não se limita apenas aos comerciantes de São Paulo e já foi repetida em outras cidades do Brasil e do mundo. Mesmo em Copenhagen  na Dinamarca, cidade referência na mobilidade por bicicleta também houve reclamação. Mas aos poucos, moradores e comerciantes foram percebendo que as ciclovias não diminuíam o movimento do comércio, ao contrário: aumentavam.

Times Square, em Nova York, antes e depois da abertura às pessoas. Segundo a ex-secretária de Transportes, Janette Sadik-Khan, “todos disseram que seria o fim do mundo”, mas o trânsito acabou fluindo melhor, vendas no comércio aumentaram 50% e o valor dos aluguéis no entorno dobrou. Em Nova York, uma das maiores cidades do mundo e comparável a São Paulo em volume de pessoas, a construção de ciclovias trouxe reclamações, mas também retorno econômico para os comerciantes.


Um estudo do Departamento de Transportes de Nova York mostrou que vias com ciclovias e boas calçadas aumentam o volume de negócios, mesmo em tempos de recessão. Depois da construção de ciclovias na Nona Avenida, negócios locais registraram aumento de 49% em vendas, enquanto em outros pontos de Manhattan o crescimento foi de apenas 3%. Já na avenida Vanderbilt os resultados foram ainda melhores. Após três anos de ciclovias, comerciantes registraram um aumento de 102% nas vendas, enquanto na região o volume máximo atingido foi de 18%. Quem não quer um crescimento de 102% em seu negócio?


O mesmo efeito é notado em vias que foram fechadas para carros e transformadas em áreas apenas para pedestres. O crescimento foi de 179%  após a prefeitura de Nova York converter uma área de estacionamento no Brooklyn em um boulevard. Em locais próximos, onde carros ainda trafegam, o aumento nas vendas foi de apenas 18%. Ah, mas quem vai de carro gasta mais porque pode carregar mais coisas, certo? Errado. Pesquisadores da Portland State University questionaram consumidores em diferentes tipos de comércios, restaurantes e bares quanto eles gastavam, com que frequência consumiam e qual o tipo de transporte eles utilizavam para fazer compras transporte público, de carro, a pé ou de bicicleta. O resultado mostrou que as pessoas de carro gastam mais por visita, mas quem vai de bicicleta visita o local mais vezes e, na média total, consome mais. Os dados mostraram que de carro as pessoas foram a um mercado em média 9,9 vezes por mês e gastaram cerca de US$ 7,98 por visita, perfazendo um total de US$ 79,73 mensais. Já quem estava de bicicleta visitou mercados em média 14,5 vezes, gastou cerca de US$ 7,30 por viagem, o que dá um total de US$ 105,66 por mês.

Já em Melbourne, na Austrália, comerciantes que investem em uma vaga de carro têm AU$ 27 de retorno por hora desse cliente. Um ciclista gasta em média AU$ 16,20 por hora. Cada vaga de estacionamento ocupa um espaço equivalente a seis bicicletas. Com seis vagas ocupadas, o retorno após uma hora é de AU$ 97,20, mais do que o equivalente a três carros. Aumento também em São Paulo. Você, caro leitor, pode estar pensando que esse números são bem legais, mas não se aplicam à realidade de São Paulo, Pois bem, vou lhe mostrar o contrário.


A lanchonete Hooters da Vila Olímpia é um bom exemplo disso. Eles estão localizados bem ao lado de uma ciclofaixa de lazer, que funciona somente aos domingos e feriados das 7h às 16h. Nesses dias, e após a instalação de paraciclos para que eles possam receber bem os clientes que chegam de bike, o faturamento aumentou 15% em média. São oito paraciclos na calçada diante do estabelecimento e cada estrutura permite parar até duas bicicletas, o que dá um total de 16 vagas. “Tem dia que não sobra vaga. Para as novas unidades, já planejamos investir em paraciclos”, afirma o CEO da Hooters, Marcel Gholmieh. Ele diz que, mesmo em dia de semana, o espaço tem sido aproveitado por clientes, em uma demonstração de que o veículo de duas rodas vem ganhando status de meio de locomoção e não apenas de lazer.


Também na Vila Olímpia, na rua Funchal, o The Fifties seguiu o mesmo caminho e instalou paraciclos para melhor receber o público de bicicleta. O local dispõe de sete suportes em U invertido (14 vagas) e a demanda gerou uma ação diferente. “A procura é tão grande que o gerente comprou corrente e cadeado para os clientes que queriam prender a bicicleta ali e não tinham o equipamento”, conta o gerente de marketing do The Fifties, Paulo Henrique. Empresa especializada em fornecer estruturas para o estacionamento de bicicletas, a Ciclomídia foi a responsável por ajudar as duas marcas. “Os comerciantes que estão reclamando das ciclovias em frente aos seus estabelecimentos estão olhando apenas para o lado vazio do copo e deixando de observar uma ótima oportunidade que de atender uma demanda que existe e que hoje eles não atendem. Ciclistas também são consumidores”, afirma o proprietário da Ciclomídia, Eduardo Grigoletto.

Por outro lado, há uma série de comerciantes que mesmo antes da implantação das ciclovias já perceberam o retorno positivo que elas trazem. “Eles nos procuraram para adequar seus comércios para receber bem quem chega pedalando, e estão faturando com isso”, conta Grigoletto. A tradicional Confeitaria Vera Cruz, localizada no Tatuapé, é outro estabelecimento que disponibiliza paraciclos para o cliente ciclista. Um espaço para amarrar o cachorro enquanto as compras são feitas era utilizado por ciclistas, gerando conflitos pela falta de espaço para os cachorros e atrapalhando o fluxo de entrada e saída. O proprietário do local, João Orlando Junior, optou então por instalar paraciclos na calçada em frente à confeitaria. “O número de pessoas que frequentam a padaria de bicicleta triplicou aos finais de semana”, diz Orlando Junior, também ciclista. “Queremos instalar mais dois em um futuro breve.”

Há locais que, além de ter estacionamento adequado para as bicicletas, ainda oferecem descontos e vantagens para os adeptos da magrela. É o caso do Twin Burger, que dá 5% de desconto para quem for de bicicleta. “O sucesso está em saber aproveitar as oportunidades e se adaptar. Enquanto uns reclamam, outros transformam o ‘problema’ em oportunidade”, conclui Grigoletto.

Com as informações: Vá de Bike

segunda-feira, fevereiro 23, 2015

Para recuperar a mata ciliar Cantareira precisa do replantio de 30 milhões de árvores.

 Condomínios de luxo, loteamentos e fazendas substituem vegetação que garantia infiltração do solo, evitava erosão, contaminação e falta d’ água. BRAGANÇA PAULISTA - Vista do alto, a paisagem é desoladora: veleiros encalhados muito longe de qualquer sinal de água, rampas de píeres terminando em barrancos secos, condomínios luxuosos no meio do nada, represas reduzidas a rios estreitos, o gado pastando na vegetação rasteira de áreas antes submersas. O sonho de ter casa de fim de semana em um cenário espetacular de montanhas e lagos, e praticar esportes náuticos, a 90 km de São Paulo, ou uma fazenda com água abundante para o gado, parece distante do pesadelo dos 8 milhões de moradores da Região Metropolitana que dependem da água do Cantareira.

Mas, segundo especialistas, há uma ligação causal entre a ocupação nos 12 municípios do Cantareira, e destruição da mata ciliar de seus 8.171 km de rios, e o esgotamento do sistema. Choveu menos no último ano, mas, se a mata nativa ainda estivesse lá, os reservatórios poderiam ter mais água - e de melhor qualidade. A chuva não cairia sobre um solo tão seco, com o consequente efeito "esponja". A vegetação funcionaria como uma válvula, controlando a vazão e evitando inundações como a de 2011 - quando as comportas tiveram de ser abertas - e falta de água, como a de agora.

Técnicos da Embrapa Informática e da GV Agro propõem o plantio de 30 milhões de mudas para recompor a mata ciliar em 34 mil hectares, de modo a obedecer a faixa prevista pelo novo Código Florestal - que a reduziu, porque passou a medir a Área de Preservação Permanente (APP) a partir do leito regular do rio, e não mais de sua largura máxima. Para chegar a esses números, eles analisaram as imagens do satélite Rapid Eyes, que registra objetos de no mínimo 5 metros, explica Eduardo Assad, autor da proposta.

A mata ciliar evita o deslocamento do solo, chamado de erosão, seu transporte pelos rios e depósito nos reservatórios, ou assoreamento. Segundo a Sabesp, estudo de 2009 mostrou que não havia assoreamento no Cantareira. A mata ciliar filtra os sedimentos trazidos pelas enxurradas, evitando que poluentes, como os agrotóxicos usados nas fazendas, comprometam a qualidade da água. E mantém a infiltração do solo pela água, que desce para o lençol freático, e aflora novamente. O solo sem vegetação, às vezes compactado por tratores ou pelo pisoteio de animais, deixa a água evaporar.

Orvalho. Entretanto, explica o especialista Antonio Carlos Zuffo, da Unicamp, a vegetação exerce esse papel não tanto na beira dos rios, onde o solo já está encharcado, mas um pouco mais longe, até mesmo nos topos de morros, onde ela também intercepta a umidade trazida pelas nuvens, que condensa na forma de orvalho e desce subterraneamente até as nascentes. Será preciso ir além da mata ciliar. Zuffo propõe, por exemplo, o plantio direto, em vez do arado, como forma de evitar a compactação.

Ricardo Rodrigues, da Esalq, a Escola de Agronomia da USP, acha que não é necessário plantar 30 milhões de mudas. Onde houver vegetação por perto, é possível induzir a regeneração natural. Com base em sua experiência com recomposição de florestas, Rodrigues estima que 50% da área precisaria de plantio total, com custo médio de R$ 9 mil por hectare; 25% se regeneraria sozinha, ao custo de R$ 2 mil/ha.; os restantes 25% requereriam enriquecimento com espécies, o que custa R$ 3 mil/ha. Caberia aos fazendeiros cercar o gado.

Por esse cálculo aproximado, o projeto custaria R$ 195,5 milhões. Bilhões de reais devem ser gastos nas obras de engenharia anunciadas pelo governo. Só a transposição entre as Represas Jaguari, da Bacia do Paraíba do Sul, e Atibainha, do Sistema Cantareira, está estimada em R$ 830,5 milhões. Para Assad e Rodrigues, a recuperação da mata nativa começaria a ter efeitos sobre o Cantareira em cinco anos.

A relação entre a vegetação e as chuvas em regiões de Mata Atlântica, como a do Cantareira, ainda está sendo estudada cientificamente, afirma o climatologista Carlos Nobre. Na Amazônia, já foi provado o efeito da transpiração das árvores. A Sabesp incentiva o plantio de mata nativa no entorno das represas do Cantareira, por empresas que precisam fazer compensação ambiental. A Dersa, por exemplo, plantou 1,13 milhão de mudas em 554 hectares. O governo de São Paulo lançou no mês passado o programa Mata Ciliar, que pretende recuperar 20 mil hectares, com recursos de empreendedores em busca de licença ambiental para obras, ou de proprietários que precisem regularizar sua situação.

Em Bragança Paulista, onde resta apenas 11% de cobertura vegetal, o prefeito Fernão Dias (PT) criou um programa no qual os infratores ambientais regularizam sua situação bancando o plantio de árvores. "Em menos de dois anos, já fizemos mais de 30 mil plantios." O prefeito acha provável que haja resistência dos condomínios e fazendeiros a um eventual programa de desocupação para recomposição da mata ciliar. "Eles perderão boa parte de sua área, mas se trata de um momento emergencial, em que o Brasil não pode manter um benefício individual em detrimento do coletivo."

Fonte: Jornal Estadão

Dica Culinária - Bolinho Caipira vegano

INGREDIENTES

Massa

  • 250g de farinha de milho amarela
  • 2 colheres (sopa) de farinha de mandioca torrada
  • 1 caldo de legumes
  • 750 ml de água
  • 2 colheres (sopa) de óleo
RECHEIO
  • 1 xícara e 1/2 (chá) de proteína de soja texturizada (clara e miúda)
  • 1 cebola média em cubinhos
  • 2 dentes de alho amassados
  • 1 colher (sobremesa) de páprica picante
  • Pimenta a gosto
  • Cheiro verde a gosto
  • Shoyu
  • Água (para hidratar a proteína de soja)
  • 3 colheres (sopa) de óleo de girassol
  • Óleo para fritar
MODO DE PREPARO:

MASSA

  • Misture a farinha de milho com a farinha de mandioca em uma tigela resistente ao calor. Enquanto isso ferva a água e dissolva nela o cubo de caldo de legumes. Quando a água estiver fervendo, misture às farinhas (vá colocando aos poucos) e mexa rapidamente com uma colher de pau. Com a massa ainda quente (se esfriar, fica mais difícil de modelar), modele os bolinhos: faça bolinhas, abra na palma da mão e coloque cerca de uma colher de sopa (bem cheia) da proteína de soja. Feche e modele os bolinhos em formato alongado. Em uma panela pequena, esquente o óleo e quando estiver bem quente frite poucas unidades por vez (os bolinhos devem ficar submersos no óleo – frite-os até ficarem dourados). Depois de fritos, coloque em papel toalha.
RECHEIO

  • Ferva a água e coloque sobre a proteína de soja. Desligue o fogo e deixe hidratando por cerca de 10 minutos. Depois desse tempo, escorra a proteína de soja e lave em água corrente. Esprema pra tirar o excesso de água e reserve. Refogue a cebola e o alho no óleo de girassol, acrescente a soja e os temperos e vá mexendo, até a soja secar um pouco e absorver bem os temperos. Espere o recheio esfriar antes de rechear os bolinhos.
Rendimento: Até 20 porções

Fonte: Segunda Sem Carne

sexta-feira, fevereiro 20, 2015

Dica Culinária - Batata com Brócolis Vegan

INGREDIENTES
  • 500 g de batata
  • 1/2 maço de brócolis
  • 2 colheres (sopa) de azeite ou a gosto
  • 1 cebola picada 
  • Salsinha picada
  • Sal a gosto
MODO DE PREPARO
  • Higienize o brócolis, separe-os em buquês e cozinhe-os em água e sal. Reserve. Cozinhe as batatas com as cascas, em separado. Descasque-as depois de cozidas e corte-as em quatro. Reserve. Aqueça o azeite e refogue a cebola. Em seguida coloque a batata, deixe dourar um pouco e por último acrescente o brócolis. Tempere com sal e pimenta-calabresa a gosto, salpique a salsinha picada e sirva.

Chove mas os reservatórios do Sistema Cantareira não estão enchendo.



Em Camanducaia em Minas Gerais. A 1,6 mil metros de altitude, quase no topo da Serra da Mantiqueira, parte das nascentes que formam o Rio Jaguari em Camanducaia, no sul de Minas, renasceu com as chuvas dos últimos 30 dias. A água que voltou a brotar na montanha anima os moradores da região, mas ainda não tem volume nem força para percorrer 100 quilômetros e encher os reservatórios do Sistema Cantareira em Bragança Paulista e Joanópolis, em São Paulo. Com as informações Jornal Estadão.

As represas que representam 82% do manancial recebem 60% menos água do que antes da crise e agonizam no volume morto. Principal afluente do Cantareira, que abastece hoje cerca de 12 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na região de Campinas, o Rio Jaguari virou um pequeno córrego com menos de 50 centímetros de profundidade durante a estiagem do ano passado. Muitas nascentes que formam o rio nos municípios mineiros de Extrema, Camanducaia e São Bento do Sapucaí desapareceram no início de 2014, quando oEstado esteve na região. Aos poucos, esses cursos d’água estão renascendo, o que já elevou para 1,5 metro o Jaguari na semana passada, o que não acontecia desde dezembro de 2013.

Em Extrema, na divisa entre Minas e São Paulo, cachoeiras que tinham virado pedra voltaram a ter quedas e piscinas naturais. “O rio sobe bem quando chove aqui no alto da serra, mas logo baixa. A terra está muito seca, ela chupa toda a água”, relata Clemilson Aparecido Fernandes, de 32 anos, que trabalha na Fazenda Campo Verde, onde estão algumas nascentes do Jaguari, no limite do município com São Bento do Sapucaí.



O secretário de Meio Ambiente de Extrema, Paulo Henrique Pereira, conta que esse efeito esponja do solo, agravado pela longa seca na região, ainda impede que as chuvas se revertam em vazões significativas de água para São Paulo. “Normalmente, as chuvas de dezembro e janeiro encharcam o solo, e as de fevereiro e março escorrem e enchem os reservatórios. Elas voltaram, mas ainda muito abaixo do esperado, apenas recuperando as nascentes. Esse processo todo é lento”, afirma.

Ânimo. Aricultores, meteorologistas, pescadores e donos de pousada na região do sul de Minas estão animados com a volta dos riachos e das nascentes do Jaguari. Mas todos são unânimes ao dizer que a chuva deste ano ainda não será suficiente. “Está melhor, já dá para pegar uns bagrinhos de novo. Até o Natal, o rio era só pedra. Dava para atravessar de bota sem se molhar”, conta o pescador Leonor Moreira Alves, 59 anos vividos às margens do rio.

Hilton Silveira, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, explica que as águas das nascentes que estão ressurgindo apenas recompõem o solo neste momento. “Ela não serve para encher o rio de novo. Se chover dentro da média, vai demorar 5 anos para o Jaguari voltar ao normal”, diz o meteorologista.

Neste mês, a vazão média do rio na chegada ao Cantareira é de apenas 6 mil litros por segundo, ante 16 mil litros nesta mesma época em 2013, antes da crise, declarada oficialmente pelo governo em janeiro do ano passado. Enquanto isso, 17 mil litros por segundo saem do sistema. Em janeiro de 2010, por exemplo, quando os reservatórios transbordaram, o Jaguari chegou a registrar 140 mil litros por segundo.



Veja a reportagem completa no vídeo a baixo.


quarta-feira, fevereiro 18, 2015

Oceanos recebem 8 milhões de toneladas de plástico por ano

Cerca de 8 milhões de toneladas de lixo plástico são lançadas nos oceanos anualmente, segundo cientistas. Essa quantidade poderia cobrir 34 vezes toda a área da ilha de Manhattan, em Nova York, com uma camada de lixo à altura dos joelhos de uma pessoa. Além disso, supera de 20 a 2 mil vezes os cálculos anteriores sobre a massa de plástico levada pelas correntes oceânicas. O novo estudo é considerado um dos melhores esforços para quantificar o plástico despejado, queimado ou arrastado para o mar. Segundo os pesquisadores, a análise também pode ajudar a descobrir a quantidade total de plástico existente hoje no oceano – não apenas o material que é encontrado na superfície ou nas praias.
Grandes quantidades de resíduos podem estar escondidas no fundo dos oceanos ou fragmentadas em pedaços tão pequenos que não são captados pelas análises convencionais. Essas partículas estão sendo ingeridas por criaturas marinhas – o que pode resultar em consequências desconhecidas.

Os detalhes foram divulgados no encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
Vilões dos mares. A equipe de especialistas analisou dados populacionais com informações sobre a quantidade de lixo gerado e gerenciado (ou não gerenciado). Eles elaboraram cenários para prever a quantidade de plástico despejado nos oceanos. Para o ano de 2010, esses cenários variam de 4,8 milhões a 12,7 milhões de toneladas. A cifra de 8 milhões de toneladas é a média dessa variação.

O cenário conservador equivale em termos de massa à quantidade de atum pescada anualmente nos oceanos. "Isso significa que estamos tirando atum e colocando plástico em seu lugar", disse Kara Lavender Law, co-autora da pesquisa e porta-voz da Associação Educacional do Mar de Woods Hole, no Estado americano de Massachussetts. Os cientistas também fizeram uma lista dos países que seriam os maiores responsáveis pelo despejo desses resíduos. As 20 nações que despejam as maiores quantidades seriam responsáveis por 83% do plástico mal gerenciado que pode entrar nos oceanos.

A China ocupa o topo da lista, produzindo mais de um milhão de toneladas. Mas a equipe ressalva que é preciso levar em conta a imensa população do país e a extensão da sua costa.

Os Estados Unidos ficaram no 20º lugar da lista. O país tem uma grande área costeira, porém adota melhores práticas de descarte do lixo. Por outro lado, os EUA registram altos níveis de consumo de plástico per capita. A União Europeia é analisada em bloco e ocupa o 18º lugar na lista.
Soluções. O estudo recomenda soluções para o problema. Afirma que as nações ricas precisam reduzir seu consumo de produtos descartáveis e embalagens de plástico, como sacolas plásticas. Já os países em desenvolvimento têm que melhorar o tratamento do lixo.

"O crescimento econômico está ligado à geração de lixo. O crescimento econômico é uma coisa boa, mas o que você vê normalmente em países em desenvolvimento é que a estrutura de tratamento do lixo é deixada de lado", disse a pesquisadora Jenna Jambeck, da Universidade da Georgia. "Isso faz algum sentido na medida em que eles estão mais focados em produzir água limpa e melhorar o saneamento. Mas não devem se esquecer desse tratamento porque os problemas só vão ficar piores."

A equipe de pesquisadores estima que a quantidade de plástico jogada anualmente nos mares pode alcançar 17,5 milhões de toneladas até 2025. Isso significa que até lá 155 milhões de toneladas chegarão aos oceanos. O Banco Mundial estima que o patamar máximo de lixo produzido no mundo só será atingido em 2100. O pesquisador Roland Geyer, da Universidade da Califórnia, que também participou do estudo, disse que não é possível limpar o plástico dos oceanos. "Fechar a torneira é a única solução", afirmou à BBC.

"Como você recolheria o plástico do fundo dos oceanos considerando que a sua profundidade média é de 4,2 mil metros? Temos antes que evitar que o plástico chegue aos oceanos." "A falta de sistemas de tratamento de lixo alimenta a entrada de plástico no oceano", diz o cientista. "Ajudar todos os países a desenvolver estruturas de tratamento é a mais alta prioridade", disse.

Com as informações BBC News

5 duvidas comuns sobre: Como gerar energia solar em casa?


Com o aumento da conta de luz e crise no setor elétrico a geração de energia solar em residencias e em  empreendimentos comerciais tem atraído cada vez mais as atenções no Brasil. É uma solução limpa de geração de energia é apontada por especialistas, ambientalistas e algumas empresas do setor elétrico como a melhor solução para sairmos desta crise. Produzir a sua própria energia através da microgeração distribuída em  painéis solares que são instalados nos topos de casas, hospitais, escolas, condomínios residenciais ou comerciais. Além de reduzir o consumo, o sistema é conectado à rede, e a produção excedente é vendida para a concessionária local, abatendo seu montante em créditos na sua próxima fatura.
O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,as-empresas-que-estao-de-olho-no-seu-telhado-imp-,1635083
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Aprenda a fazer uma cisterna e reaproveite a água da chuva.

Qual o meu consumo de energia?
O primeiro passo para escolher o seu sistema é saber qual o seu consumo de energia elétrica em kWh por mês. Se você já vive na casa é bem simples, basta verificar o seu histórico na conta de luz. O ideal é fazer uma média dos últimos 12 meses, pois o consumo pode variar muito de um mês para o outro. Caso se trate de uma casa nova, o ideal é fazer uma estimativa baseada na casa atual com a ajuda do engenheiro ou arquiteto da casa nova. Em último caso, se não houver nenhuma referência, é possível calcular o consumo baseado uso e potência dos equipamentos elétricos que serão utilizados na casa. Por exemplo: uma TV de 100W utilizada 4 horas por dia = 100W x 4h x 30 dias = 12.000 Wh ou 12 kWh por mês)

Quantos painéis serão necessários para minha Casa/Empresa?
Segundo o Engenheiro Pedro Pintão, diretor da empresa Neosolar, especializada em projetos e instalação de sistemas fotovoltaicos, isto depende de uma série de variáveis e até mesmo do tamanho dos painéis escolhidos. Além disso, não é necessário produzir toda a energia consumida. Uma residência com consumo de 500 kWh/mês utilizará cerca de 15 a 20 painéis de 240 Wp ( cerca de 25 a 35 m2) em uma cidade média brasileira, para abastecer 100% de sua necessidade. Caso se decida por produzir apenas 50%, metade dos painéis será suficiente. No caso acima, 100% representaria uma economia anual de até R$ 4 mil. Já existem sites onde você poderá usar de uma “Calculadora Solar”, onde  possível inserir os dados de consumo e tarifas pagas com energia elétrica e saber qual é o tamanho aproximado do sistema fotovoltaico indicado para seu consumo e qual será a economia anual na conta de luz. Projeto e Instalação. Além dos painéis, será necessário um inversor que transforma a energia em 110V ou 220V, estrutura para fixar os painéis e proteções elétricas adequadas. É importante que o projeto e a instalação sejam feitas por profissionais especializados, garantindo a segurança das pessoas e também as garantias oferecias pelos fabricantes de até 25 anos para os painéis.

Qual é o Custo do Sistema?
O custo do sistema depende do seu tamanho e equipamentos selecionados, os quais, por sua vez, dependem da quantidade de energia necessária e das características do local da instalação. Um sistema completo e instalado custa entre R$ 7.000 e R$ 15.000/kWp.

Qual é o Retorno do Investimento?
O interessante é que independente de quanto decidirá por produzir, o consumidor poderá aproveitar toda energia, pois o eventual excesso é convertido em créditos que podem ser utilizados em até 36 meses ou ainda em outra propriedade do mesmo consumidor. No exemplo mencionado acima, com um consumo de 500 kWh/mês, o consumidor terá seu investimento retornado em até 10 anos. Como a garantia dos painéis é de 25 anos, ele ainda terá pelo menos 15 anos de benefícios.


Para outas informações sobre energia solar clique aqui.

quinta-feira, fevereiro 12, 2015

10 motivos para começar a andar de bike.



Andar de bike emagrece, tonifica as pernas, melhora o fôlego, alivia o stress e deixa a gente feliz. O melhor é que, além de fazer bem para o corpo e para a cabeça, preserva o meio ambiente e garante um futuro melhor. Então, força no pedal: use a bicicleta como meio de transporte alternativo e descubra um jeito delicioso de entrar em forma e salvar o planeta. Se você ainda não sabe se deve ou não encarar o mundo de bicicleta, nós damos aqui 10 razões pra você tomar a decisão de uma vez por todas!
  1. O custo de uma boa bicicleta é 30 vezes inferior ao de um carro médio e ela minimiza a parte do orçamento familiar dedicado ao carro; 
  2. Seu planeta agradece: A magrela é um veículo movido pela força do condutor, sem precisar de nenhum outro combustível. Assim, a bicicleta não emite gases poluentes na atmosfera que causam o efeito estufa e o aquecimento global; 
  3. Tira você do trânsito e poupa o tempo: Pedalar distâncias "percorríveis" em até 30 minutos - sem grandes inclinações e em percursos mais ou menos planos - é mais rápido e prático do que ir de ônibus ou automóvel. Além disso, a utilização deste meio de transporte permite fugir aos engarrafamentos e reduz o tempo das deslocamento. Caso ainda não dê para fugir, só o fato de fazer uma atividade física enquanto vai ao trabalho já diminui sua irritação nas ruas. Mas é preciso ficar atento às normas de segurança para circular no meio do trânsito; 
  4. Promove um bom estado de saúde e, por consequência, diminui a necessidade de recorrer a medicamentos; 
  5. Emagrece: Combinadas a uma dieta saudável e com baixas calorias, as pedaladas auxiliam na perda de peso, no controle de peso, além de favorecer o emagrecimento, reduzindo a gordura corporal. A cada hora pedalando gasta-se, em média, cerca de 500 calorias, por isso, andar de bike é uma das melhores opções para quem quer emagrecer; 
  6. Alivia o estresse: como qualquer outro exercício, pedalar estimula a produção de endorfina, neurotransmissor que dá a sensação de bem-estar. Ou seja: ao final de uma boa pedalada, você vai estar menos estressado e sentindo-se muito bem; 
  7. Previne doenças, aliás, muitas doenças hoje são provenientes do sedentarismo o que pode ser evitado com a prática regular de exercícios. A bicicleta estimula o sistema cardio-pulmonar como também o muscular prevenindo o aparecimento de várias doenças tais como diabetes, infarto agudo do miocárdio, AVC, dentre outras; 
  8. Do ponto de vista de transporte público: Fazer ciclovias é muito mais barato do que qualquer outro tipo de transporte. Moramos em um país tropical e podemos andar de bicicleta o ano todo, porém temos poucas opções seguras de utilizá-la com baixo risco. Alguns países que possuem um clima frio aproveitam ao máximo os 3 meses de sol; 
  9. Facilita conhecer a cidade: Preso dentro do carro, você nem imagina quanta coisa bacana é possível encontrar nas ruas e avenidas da região onde mora. Sentada na bicicleta, além de sentir aquele vento gostoso no rosto, que dá sensação de liberdade, seu campo de visão se amplia e você consegue visualizar melhor o ambiente;
  10. Diversão: andar de bicicleta ainda é uma boa maneira de conhecer pessoas novas ou passar mais tempo com quem você gosta fazendo algo divertido e muito saudável. A prática, contudo, não é recomendada para pessoas com problemas no joelho. Se esse for o seu caso, procure um ortopedista primeiro.
Agora que você conhece todos esses benefícios, é hora de pedalar! Comece a ter esse hábito e veja como sua saúde ira mudar. Só não se esqueça de fazer um alongamento antes de começar a atividade, utilizar equipamentos de segurança e buscar acompanhamento médico.

Publicação original: Autossustentável.

quarta-feira, fevereiro 11, 2015

Parece frango, tem gosto e textura da carne de frango, mas nenhum animal é abatido no seu processo de produção.

A “carne” produzida pelo Beyond Meat’s parece frango, tem gosto e textura de frango, mas nenhum animal é abatido no seu processo de produção, ela é uma “carne de frango vegetal”. Ela tem a vantagem de ser um alimento sem gordura saturada, colesterol e com proteínas, além de disponibilizar preço de mercado mais baixo do que a indústria da carne convencional. As tiras de “frango” feitas com vegetais fazem sucesso em boa parte dos Estados Unidos, por meio das vendas nas lojas do Whole Foods, e devem alcançar todo o território norte-americano até meados de 2014, depois que nomes como Bill Gates anunciaram apoio ao projeto, que teve início em 2009 com pesquisadores da Universidade de Missouri.

Fundada pelo vegano Ethan Brown, a “Beyond Meat” surpreendeu Gates, que não é declaradamente vegano mas admite que este é o futuro da alimentação humana. Em seu site, Bill Gates não poupou elogios à empresa de Ethan e disse que simplesmente não conseguiu perceber a diferença entre a carne de frango real e a que foi produzida pela “Beyond Meat” (leia aqui, em inglês). Desde então, Gates investe uma quantia não revelada para que a empresa cresça ainda mais.O Beyond Meat parece ser bem apetitoso. “Bill Gates: Por que as pessoas devem pensar em substituir a carne em suas dietas?

Michael Pollan, autor do The Omnivore’s Dilemma: Três motivadores principais: saúde, porque sabemos que o alto consumo de carne vermelha se correlaciona com maiores chances de certos tipos de câncer, do meio ambiente, pois sabemos que a produção de carne convencional é uma das maiores causas da mudança climática, bem como de água e poluição, e ética, uma vez que as fábricas de animais que produzem nossa carne e leite são lugares brutais onde os animais sofrem desnecessariamente.”

O trecho acima foi tirado do “the Future of food“

10 Alimentos que tem fama de saudaveis mas não são


Barrinha de cereais, leite de soja e peito de peru são apenas algumas opções que você compra pensando na saúde do seu filho. Apesar da fama de nutritivos e saudáveis, cuidado: é preciso consumi-los com bastante moderação, pois você pode acabar levando gato por lebre.
  • Barrinha de cereais. Elas prometem ser uma ótima opção para o lanche das crianças porque são práticas de armazenar e contêm fibras – nutrientes que aumentam a sensação de saciedade, dão energia e ajudam no funcionamento do intestino e na absorção de gorduras. Pelo menos na teoria. Especialistas alertam que muitas das barrinhas de cereais que existem no mercado são na verdade, ricas em açúcar e sódio. Para saber se a que você compra é assim, compare os ingredientes que estão no rótulo. O que vem primeiro é o que está em maior quantidade, então procure marcas em que a fibra esteja no começo da lista. Prefira as de fruta, que são menos gordurosas, e as que contêm flocos de milho, mel, aveia e castanhas. “Também fique de olho porque a lecitina de soja, substância usada para dar liga no alimento, pode causar alergia nas crianças”, alerta a nutricionista Elaine Pádua, autora do livro O Que Tem no Prato do Seu Filho? – Um Guia Prático de Nutrição Para os Pais (Ed. Alles Trade). Você pode fazer uma barrinha mais natural em casa ou substituí-la pela bananada (doce de banana em massa) sem açúcar, que também tem fibra e mais vitaminas. Nesse caso, a banana não é desidratada, como na barrinha, mantendo seus nutrientes.
  • Suco de caixinhaAlgumas dessas bebidas, também chamadas de néctar de fruta, têm tanto quanto ou até mais açúcar do que os refrigerantes. São até duas colheres de sopa a cada 200 ml, além de uma quantidade grande de sódio, substância que, em excesso, pode sobrecarregar os rins e aumentar as chances de a criança ter pressão alta no futuro. Os corantes e aromas também aparecem no suco de caixinha (inclusive nos de soja), ou seja, mais química ainda. A saída é alterná-lo com o suco natural (ou água mesmo!). Você pode dar o industrializado no lanche, por exemplo, e o caseiro, no jantar. Na lancheira térmica, o suco natural dura até três horas sem estragar. Para aumentar a duração da bebida, misture-a com água de coco, que retarda o processo de oxidação, é um hidratante natural e não tem muito sódio nem na versão das prateleiras. Outra alternativa são os sucos prontos integrais, que não têm açúcar e só precisam ser dissolvidos em água. Mas não abuse. Qualquer tipo de suco deve ser consumido no máximo duas vezes ao dia, pois são calóricos – pense que, para fazer apenas um copo do de laranja, é preciso três frutas!
  • Peito de peruApesar de ser visto como uma alternativa melhor do que o presunto, os dois têm a mesma quantidade de sódio e gordura porque são uma mistura de carne e pele (eca!) do animal. Para conservar o produto, as indústrias usam nitritos e nitratos, substâncias químicas que, segundo algumas pesquisas, podem causar câncer se consumidas por muito tempo. Por isso, libere esses alimentos embutidos ou processados (e, nessa categoria, entra também a salsicha e a mortadela) apenas uma vez por semana, de preferência a versão sem capa de gordura. Além disso, no Brasil o peito de peru vem quase sempre acompanhado de Glutamato Monossódico, um realçador de sabores que pode causar diversos problemas a saúde.
  • Sobremesa láctea. As sobremesas lácteas (como o queijo petit suisse ou aquelas sabor chocolate, baunilha…), fazem sucesso com as crianças porque são bem docinhas e saborosas. Mas não se engane pela aparência de iogurte, pois elas têm bem menos quantidade de cálcio um mineral essencial para o crescimento e fortalecimento dos ossos, dentes e cabelos. Além disso, esses produtos são gordurosos e têm pouca proteína. “No lugar da fruta, mais nutritiva, muitos contêm aromas e corantes artificiais, que devem ser evitados nos primeiros anos de vida pois estão relacionados a uma série de problemas – de alergia à hiperatividade”, afirma Elaine Pádua. Ela explica que os corantes amarelos e vermelhos são os mais perigosos. É claro que seu filho vai querer comer essas guloseimas de vez em quando. Porém, sempre que possível, substitua por uma mistura de iogurte natural com a fruta que ele mais gosta. Basta bater essa combinação no liquidificador ou amassá-la com um garfo. Se o seu filho quiser algo mais doce, coloque açúcar mascavo. Essa preparação deve ser consumida entre 30 minutos e 1 hora.
  • Leite de soja. A soja é classificada como um alimento saudável, mas nem sempre é uma boa ideia oferecê-la para as crianças. Isso porque pode ser tão alergênica quanto a lactose, presente no leite de vaca. “A soja é uma proteína de difícil digestão, por isso, pode causar alergias alimentares em crianças menores de dois anos, que têm um sistema digestivo imaturo”, afirma a nutricionista Santhi Karavias, do projeto Lancheira Saudável, em São Paulo. Alguns especialistas até questionam o nome “leite”, já que ele não oferece os mesmos nutrientes, como os aminoácidos e o cálcio. Se o seu filho tem intolerância à lactose, você já encontra bebidas com adição de cálcio. Também vale substituir por leite de arroz, amêndoa e de cabra. Além disso, a soja no Brasil é quase toda proveniente de soja transgênica, que conforme estudos pode causar diversos problemas a saúde, como alergias, esterilidade, alteração na formação de órgãos, doenças hematológicas e cânceres, por exemplo.
  • Bisnaguinha. Ela é molinha e fofinha graças a muuuita gordura hidrogenada! Esse tipo de pão é feito de farinha branca e açúcar, ou seja, tem poucos nutrientes e nada de fibras. Não faz mal oferecê-lo uma vez por semana, mas, nos outros dias, opte pela versão integral ou de fôrma, recheando com requeijão ou até geleia, contanto que seja sem açúcar. Os pães de padaria ou feitos em casa, naquelas panificadoras portáteis, também são ótimos substitutos, pois têm menos conservantes. Outra opção rápida e saudável: minipizza de pão sírio! Chame seu filho para ajudar você a montar essa delícia com muçarela de búfala, queijo prato ou queijo branco, tomate – pode ser o cereja, que as crianças adoram – e algumas folhinhas de manjericão fresco. Aí, é só colocar no forno em fogo baixo por 15 minutos e se deliciar.
  • Frozen yogurt. Eles parecem saudáveis por conta do iogurte, que tem pouca gordura e é fonte de cálcio. Realmente são uma boa opção, mas só se a marca de frozen usar iogurte de verdade em sua formulação. “Esse ingrediente é bom porque é natural e não tem aromatizante”, explica Santhi Karavias, do projeto Lancheira Saudável (SP). Em 2011, o Proteste analisou oito lojas e constatou que apenas uma usava mesmo a bebida láctea, enquanto as outras misturavam sorvete comum ou à base de iogurte. “Esses últimos têm gordura saturada e trans, que aumentam o colesterol ruim e ainda diminuem o bom”, completa Santhi. Para se proteger dos “falsos”, analise o rótulo (quando tiver) e pergunte a porcentagem de gordura (quanto mais próxima de zero, melhor). Ah, e controle as coberturas escolhidas pelo seu filho, que costumam ser uma bomba calórica.
  • Cereal matinal. Já reparou no que sobra no saquinho quando acaba o cereal do seu filho? Açúcar puro. Pode ser uma boa fonte de energia, já que cada grão do cereal é um grão de milho, mas só. “É possível conseguir a mesma quantidade de carboidratos em outros alimentos, como pão integral e mingau”, explica a nutricionista Priscila Maximino, da Nutrociência, que presta assessoria nutricional, em São Paulo. Há, no entanto, opções sem açúcar (em geral, destinadas aos adultos). Você pode adicionar uma fruta, como banana ou morango, para deixar a mistura mais docinha. Depois que seu filho tiver um ano, também dá para usar mel. Se quiser usar açúcar mesmo, prefira o cristal (uma colher de chá basta), que é menos processado do que o refinado. A mesma questão dos diversos problemas a saúde da soja transgênica vale para o milho, que é quase todo transgênico no Brasil.
  • Empanados de frangoParece carne de frango, mas o empanado é o que os nutricionistas chamam de compensado, uma mistura de ingredientes nada nutritivos, como partes de frango, pele, farinha e leite em pó. Então, mesmo que você faça assado em vez de frito, ele não é saudável. Para piorar, o que dá gosto à mistura é o glutamato monossódico. “A substância realça o sabor e interfere no paladar da criança, deixando a papila gustativa acostumada a esse tipo de alimento”, conta a nutricionista funcional Gabriela Maia, do Rio de Janeiro. Muitas vezes o empanado industrializado é usado como substituto da carne de boi ou de frango, que são proteínas completas. Só que eles não são equivalentes. Uma opção é fazê-lo em casa. Não tem tempo? Então, para suprir a quantidade de proteínas da carne, que tal cozinhar cerca de quatro ovos de codorna? O preparo vai levar os mesmos cinco a dez minutos.
  • Produtos light e diet. Se você tinha a impressão de que poderia consumi-los sem restrições, esqueça! Para crianças, os diet e os light são indicados apenas em casos de doenças como obesidade e diabetes. Achar que eles podem ser servidos à vontade, já que têm menos açúcar e gordura, é um erro. “Isso porque o fabricante adiciona sódio para manter o sabor. Então, melhor ingerir uma quantidade menor da versão tradicional do que o dobro da light”, orienta Virginia Weffort, nutróloga do Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). E a criança precisa de energia para crescer, então não é indicado tirar totalmente o açúcar da dieta – lembrando que ele é encontrado em vários alimentos, como frutas e massas.

sexta-feira, fevereiro 06, 2015

9 razoes para deixar de comer alimentos super processados.




A partir do momento em que você entender um pouco mais sobre como esses alimentos processados afetam seu corpo, torna-se mais fácil fazer escolhas alimentares saudáveis que enriquecem a sua vida, ao invés de consumi-la. Resistir ao impulso de beber refrigerante ou comer salgadinhos fedorentos pode ser difícil, especialmente se você é um viciado nessas coisas, já que eles são altamente viciantes.

Pensando nisso, elaboramos 9 razões para que você entenda porque deve cortar os alimentos ultraprocessados de sua dieta.
  1. Alimentos processados são altamente viciantes. Seu corpo processa os alimentos integrais de maneira muito diferente da dos processados. Os alimentos processados tendem a estimular demais a produção de dopamina, conhecida como o neurotransmissor do prazer e isso faz com que você deseje consumir esses produtos constantemente. Seu corpo acaba não sendo capaz de resistir à tentação de continuar comendo junk-food em excesso, o que acaba levando à obesidade e outros problemas a sua saúde.
  2. Alimentos processados destroem seus órgãos e ossos. Muitos alimentos processados contêm aditivos de fosfato que aumentam o sabor, a textura e a vida útil dos alimentos. Mas, esses aditivos são conhecidos por causar problemas de saúde, como o envelhecimento precoce, a deterioração dos rins e osteoporose, de acordo com pesquisas do Rodale Institute. Isso torna os alimentos processados muito menos atraentes para as pessoas que conhecem os seus riscos reais.
  3. Alimentos frescos são mais baratos e saudáveis. Pessoas viciadas em junk-food afirmam que muitas vezes os alimentos frescos e saudáveis são mais caros do que os processados. Mas, de acordo com inúmeros estudos e avaliações, os alimentos integrais e orgânicos custam menos por porção do que os seus equivalentes processados. De acordo ainda com o Rodale Institute, uma porção de pimental integral fresco é cerca de 50 centavos mais barato do que um enlatado no supermercado, por exemplo.
  4. Alimentos processados causam inflamações crônicas. Uma das principais causas de doenças crônicas hoje em dia são as inflamações. E os estudos continuam a mostrar que os açúcares refinados, farinhas, óleos vegetais processados e muitos outros ingredientes comumente encontrados nos alimentos processados são em grande parte responsáveis por este tipo de inflação. Portanto, da próxima vez que seu corpo pedir por um pacote de biscoitos, considere o fato de que doenças cardíacas, demências, problemas neurológicos, insuficiência respiratória e câncer têm sido relacionados com a inflamação crônica causada por alimentos processados.
  5. Alimentos processados atrapalham a digestão. Isso acontece porque eles perderam suas fibras naturais, enzimas e outros nutrientes e, com isso, os alimentos processados tendem a causar estragos no aparelho digestivo. O consumo crônico desses alimentos pode tornar seu ecossistema interno totalmente desequilibrado, prejudicando as bactérias benéficas e expondo seu sistema à infecções. Então, basicamente você pode pensar naquelas deliciosas balinhas em formatos de bichinhos e esses biscoitos coloridos como venenos para o seu organismo. Isso pode ajudar você a evita-los.
  6. Alimentos processados destroem a sua mente. Se você sofre de enxaqueca crônica, ou tem dificuldade de concentração e para raciocinar normalmente, as chances de que sua dieta tenha influência nisso é bem grande. Um estudo recente da Universidade de Oxford endossa essa tese, mostrando que o consumo de junk-food pode levar as pessoas a ficarem com raiva e irritadiças. Alimentos integrais ricos em nutrientes, por outro lado, podem ajuda a nivelar o seu humor e manter os seus níveis de energia, deixando você mais calmo.
  7. Alimentos processados são carregados em organismos modificados. A grande parte dos alimentos processados que encontramos no mercado hoje são derivados de laboratório, e não da natureza, como havia de se esperar. Os organismos geneticamente modificados, que têm sido associados à infertilidade dos órgãos, distúrbios gastrointestinais e câncer, estão diretamente relacionados aos alimentos processados. O consumo em excesso desses venenos promove a obesidade, acidez sanguínea e pode alterar permanentemente a sua flora intestinal.
  8. Alimentos processados são ricos em pesticidas. A fim de possibilitar o crescimento dos organismos geneticamente modificados nos alimentos processados, os agricultores precisam aplicar altas doses de remédios e outros pesticidas durante o cultivo, muitos desses acabam contaminando o produto final. De acordo com dados compilados pelo Rodale Institute, foram encontrados mais de 70 tipos diferentes de pesticidas nos cereais matinais, além de diversos produtos químicos e outros resíduos. Os pesticidas são o maior princípio ativo de alimentos processados.
  9. Alimentos processados não são realmente alimentos. Uma das maneiras de você avaliar o valor nutricional dos alimentos é ver como os animais, insetos, bactérias e fungos respondem a eles. Alimentos reais vão realmente mofar, por exemplo, enquanto os falsos alimentos processados continuam com a mesma aparência e forma, muitas vezes mesmo após a validade (Veja na imagem abaixo hambúrguer com 14 anos de idade). Os alimentos processados são essencialmente sintéticos e a indústria que os produzem admitem que a sua adulteração é necessária para fazer com que eles sejam gostosos, mesmo não tendo nada de gostoso.
    Você comeria este hambúrguer de 14 anos de idade?



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Você sabe o que são alimentos processados?

Texto traduzido do original: “Nine reasons to never eat processed foods again” do NaturalNews.

terça-feira, fevereiro 03, 2015

Você sabe o que são alimentos processados?


Bolos, sopas, pães, biscoitos recheados, lasanha, pizza, hambúrguer, refrigerante… tudo o que é fácil de comer e já vem pronto ou quase, dentro de uma embalagem resulta de uma série de processos industriais. O ponto central para classificar determinados produtos alimentícios como ultraprocessados. Alguns tipos de processamento de alimentos sempre aconteceram na história. “A humanidade aprendeu a processar para conservar. A carne, antes da geladeira, era conservada em banha ou sal”, diz Maluh Barciotte, doutora em Saúde Pública e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP o NUPENS.

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O problema é que, com o desenvolvimento industrial das últimas décadas, cresceu vertiginosamente a fabricação de alimentos prontos em larga escala, “vazios” em nutrientes e cujo consumo frequente acarreta problemas de saúde como colesterol, diabetes, pressão alta e obesidade. A industrialização do setor alimentício mudou os hábitos de boa parte da população especialmente nas cidades e passou a ofertar produtos com mais açúcar, mais gordura saturada, mais sódio, mais substâncias químicas como; conservantes; aromatizantes e estabilizantes e menos fibras do que o recomendado para uma alimentação saudável. “A gente compra chocolate achando que é chocolate e é só gordura hidrogenada com excesso de açúcar”. Explica.


Temperos de macarrão instantâneo e tabletes de caldos prontos são um caso clássico de produto com excesso de sódio. “Se a gente já tem no Brasil tantos temperos maravilhosos, por que precisa, além deles, colocar um ingrediente ou caldos artificiais? Tudo fica com o mesmo gosto. Quando você cria o seu tempero, faz uma comida mais com a sua cara”. Sugere a pesquisadora. Para ela, os ultraprocessados são alimentos que perderam a alma. “E o problema é que hoje isso virou sinônimo de comida. Para ser saudável, a gente tem que cozinhar. É aquilo que se faz em casa, tem cheiro, tem memória afetiva, que passa por gerações”, argumenta. O que entra na classificação? A proposta de classificação do NUPENS divide os alimentos em três tipos:


Tipo 1: Frescos ou Minimamente Processados

São aqueles que não sofrem alteração ou passam por processos que ainda mantém suas principais características nutricionais, como arroz, feijão, carne não enlatada, peixes, legumes verduras, grãos, frutas, sucos naturais, cogumelos, leite fresco ou pasteurizado, iogurte sem adição de açúcar, ovos e café.

Tipo 2: Ingredientes Culinários

São as substâncias usadas para preparar a comida do dia a dia e que passam por processamento como moagem e refinamento. Alguns exemplos são açúcar, farinha, amidos, sal, óleos vegetais e manteiga.

Tipo 3: Alimentos Ultraprocessados

Tudo o que é muito processado. São comuns em quase todas as casas: pães até o integral, biscoitos, bolos, sorvetes, chocolates, barras de cereal, refrigerantes, pratos pré-preparados congelados de supermercado, hambúrgueres, produtos enlatados, sopas prontas, requeijão, margarina e muitos outros.

Um exemplo importante são os embutidos – mortadela, salame, presunto e salsicha. É importante não confundi-los com carne, que é classificada como alimento fresco. “Eles passaram por tantos processos químicos que perderam as características básicas de um alimento como a carne, com proteínas e gorduras adequadas”.

Por que são perigosos?


Um dos maiores problemas é que o sabor do alimento não está conectado aos nutrientes. “Um bolo de amêndoas industrializado, que vem na caixinha, só tem sabor de amêndoas, mas não os nutrientes ligados àquele sabor. É como se o organismo fosse enganado”, explica Maluh.

Algumas características básicas dos ultra processados são:
  • Têm alto poder calórico, mas com uma energia “vazia”. No processamento, perdem os
    Hambúrguer 14 anos depois.
    nutrientes e mantém as calorias. “É um excesso de caloria que não nutre. O exemplo máximo disso é o refrigerante”, diz Maluh.
  • Contêm excesso de sal, açúcar, gorduras e substâncias químicas como conservantes, estabilizantes, flavorizantes e corantes. Por isso é tão importante ler os rótulos!
  •  Têm hiperpalatabilidade, ou seja, um sabor artificial exagerado, que exacerba os nossos sentidos e cria um padrão de gosto no organismo. “Uma criança acostumada a tomar refrigerante muitas vezes não consegue tomar nem água”. O mesmo acontece com sucos. Se nos acostumamos a beber suco em pó, dificilmente nosso paladar reconhece o sabor da fruta “de verdade” no suco natural.
  • São alimentos altamente disponíveis para consumo. Toda essa facilidade se reflete no supermercado, com tantas opções nas prateleiras. Nunca na história humana foi tão fácil consumir alimentos prontos. É só pensar: quantas embalagens você compra que é só abrir e comer o que vem dentro?
O que fazer? Tentar reduzir a quantidade de alimentos muito industrializados é o primeiro passo. Não há uma recomendação diária máxima para consumo de ultraprocessados. “A ideia é quanto menos, melhor. Se possível, de forma esporádica”, diz Maluh. “É importante que de 60 a 70% da alimentação básica do dia a dia seja composta principalmente de alimentos frescos e minimamente processados”.

Muitas vezes é possível mudar padrões simples de consumo e buscar adquirir, pouco a pouco, novos hábitos:
  • Evite ingredientes refinados e “branqueados”, como açúcar refinado e farinha branca. Opte por opções integrais.
  • Busque alternativas para quando estiver fora de casa. Por exemplo: batata doce tem um tipo de açúcar mais saudável que a batata normal. “Fazer um lanchinho de batata doce para levar para o trabalho é algo supersaudável”, comenta. Frutas e frutas secas também são sempre boas opções para ter na bolsa.
  • Evite levar crianças às compras. Elas são mais vulneráveis às embalagens e produtos coloridos. Sem elas, fica mais fácil dizer “não” e evitar guloseimas;
  • Sempre que puder, evite os sucos de caixinha ou em pó (prefira sempre os naturais) e tome o mínimo de refrigerante que conseguir;
  • Procure comer frutas puras, sem disfarçar o gosto com cremes e açúcar;
  • Aprenda a cozinhar refeições simples e rápidas. É uma boa forma de abrir mão da praticidade daquela pizza ou sanduíche congelados;
  • Substituir o pão de padaria (feito com excesso de farinha refinada) por pão caseiro já é um ganho para a saúde. “O ideal é que as pessoas comecem a aprender receitas de pão, pode ser até de liquidificador”. Propõe;
  • Se tiver esta opção, prefira feiras de rua ao supermercado. As tentações são menores e a oferta de alimentos mais saudáveis costuma ser maior.